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Economia

Comércio confia em salário antecipado pelo governo para "salvar" ano

Priscilla Peres e Liana Feitosa | 09/09/2014 08:14
Governo do Estado vai injetar R$ 850 milhões na economia estadual. (Foto: Campo Grande News/Arquivo)
Governo do Estado vai injetar R$ 850 milhões na economia estadual. (Foto: Campo Grande News/Arquivo)

O governador André Puccinelli (PMDB) informou na semana passada, em entrevista exclusiva ao Campo Grande News, que irá antecipar o salário de janeiro dos servidores públicos que terão três pagamentos em dezembro. A injeção de aproximadamente R$ 850 milhões na economia estadual anima os comerciantes que veem na ação uma alternativa para minimizar as perdas do ano.

Durante todo o ano, o desempenho das vendas do comércio tem ficado abaixo das expectativas. "Com certeza é uma boa iniciativa do governador, que sabe que o nosso comércio precisa, mesmo dezembro sendo o melhor mês para as vendas", explica o presidente da CDL/CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Ricardo Kurinari.

O presidente comenta que geralmente o primeiro semestre é de vendas mais baixas, enquanto que tradicionalmente nos últimos seis meses o comércio fatura mais. "Recuperar o que não vendeu o ano inteiro não vai, mas com certeza melhora um pouco a situação".

Para o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), João Carlos Polidoro, diz que a notícia é extremamente positiva por uma grande quantidade de gente depende do poder público o que vai impactar bem no comércio. "Nessa época o empresário já tem um planejamento para o fim do ano, mas agora tem que tomar providencias para atrair mais clientes", destaca.

O cronograma prevê salário em 1º de dezembro, depósito do 13º salário no dia 19 do mesmo mês e, por fim, a antecipação da última folha do ano do dia 1º de janeiro de 2015 para o dia 29 de dezembro. Uma folha corresponde a R$ 280,6 milhões - conforme o último levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Fazenda.

Empregos - O comércio ja se prepara para o período de contratação de funcionários para o fim do ano, que deve começar em outubro, mas as expectativas não são das melhores. "Tivemos um ano fraco, acredito que vamos contratar menos que no ano passado, em torno de 3 mil vagas", conta o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro.

Para quem quer tentar uma opotunidade nesse fim de ano, vendedores afirmam que apostas na simpatia e no bom atendimento é a cheve de sucesso para ser efetivado. "Setembro, outubro, é difícil a loja mandar alguém embora porque é difícil encontrar profissionais com experiência para contratar. E se tem um bom atendimento, você já quebra o gelo", conta o vendedor Leandro Alarcon, 23.

Para os empresários, vaga tem, mas falta mão de obra qualificada. "Está muito difícil contratar. Como existem muitas vagas, as pessoas mudam muito de local de trabalho. Não conseguimos ter funcionários fixos por longos períodos de tempo", destaca a gerente de loja de calçados, Silvana Soares.

A gerente de loja de roupas, Ana Cláudia Seles concorda. "Geralmente, é em novembro que começamos a contratar pensando nas vendas de final de ano. Mas, de forma geral, está difícil achar bons funcionários para contratar. Falta gente comprometida", diz Seles.

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