Concen sugere que reajuste tarifário seja parcelado a consumidores
O Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Enersul/Energisa (Concen) protocolou hoje, 29 de janeiro, junto à Aneel, uma carta mostrando a preocupação com a crise no Setor Elétrico e pedindo esforços da Reguladora para minimizar os efeitos do repasse da defasagem bilionária na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) aos consumidores.
A sugestão é que o índice de reajuste, estimado entre 30% e 40%, seja repassado ao consumidor de forma parcelada.
A preocupação é quanto à assimetria de informações sobre o déficit das concessionárias, que acaba desnorteando o consumidor em relação à real situação da oferta de energia.
Isso significa que muito mais corriqueiramente do que se imagina, alguns consumidores ajudam a pagar a conta de outros. São os chamados subsídios cruzados. Muitas vezes esses subsídios são difíceis de serem percebidos.
Por exemplo, quem pede para embalar um presente está sendo subsidiado por quem não solicita esse serviço (afinal, o custo do papel e da mão-de-obra que irá embalar está embutido no preço final do bem); quem come pouco ajuda a pagar a conta de quem come muito em um rodízio; um paciente que demanda menos tempo do médico subsidia o que demora mais; quem parcela o pagamento de passagens aéreas sem pagar juros está sendo financiado por aqueles que pagam à vista.
"A crise está consolidada e precisamos discutir o que será feito para resolvê-la, já que somos nós consumidores quem paga a conta", comentou a Presidente do CONCEN, Rosimeire Cecília da Costa.
