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Economia

Consumidores trocam supermercado por atacados, mostra pesquisa

Mariana Rodrigues | 17/05/2015 10:00
A procura pelos atacarejos tem aumentado, pois é uma forma do consumidor economizar. (Foto: Divulgação/Assessoria)
A procura pelos atacarejos tem aumentado, pois é uma forma do consumidor economizar. (Foto: Divulgação/Assessoria)

Atraídos pelos baixos preços e facilidades, os consumidores tem optado pela rede atacadista na hora de fazer suas compras, é o que revelou uma pesquisa feitapela Abad (Associação Brasileira de Atacadistas). O setor teve um faturamento anual de R$ 211,8 bilhões em 2014 e crescimento de 0,9% nas vendas.

A região Centro-Oeste aparece no ranking com 94 empresas, o que corresponde a 18%, porém Mato Grosso Sul, ocupa a pior colocação com relação aos outros estados, aparecendo com apenas duas empresas que representam o setor e faturamento de 0,2%. Enquanto isso, Mato Grosso aparece na melhor colocação, com 53 empresas, mas com faturamento de apenas 2,2%.

O presidente da Asmad (Associação Sul-mato-grossense de atacadistas e distribuidores), Valdivino José de Souza, explica que esse número baixo é devido a algumas empresas que não mandam informações para a pesquisa.

"Atualmente temos 62 empresas associadas em Mato Grosso do Sul, mas nem todas mandam informações para essas pesquisas quando são solicitadas", disse.

Outra explicação para o desempenho ruim do Estado é que há dois modelos de distribuidores, os atacados que vendem para pequenos e médio varejistas e abastecem somente pessoas jurídicas, e o misto, conhecido popularmente por "atacarejo" ou atacado de autosserviço, que acaba vendendo tanto para pequenos comerciantes como para pessoas físicas em geral.

Consumidores e pequenos empresários fazerm compras nesses locais. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Consumidores e pequenos empresários fazerm compras nesses locais. (Foto: Divulgação/Assessoria)

Com relação ao faturamento, Souza afirma que houve queda de 5% nas vendas de abril, com relação ao mesmo período do ano passado no atacado, porém nos atacarejos a procura subiu bastante, pois atende a bares, restaurantes, além do consumidor comum que migrou dos supermercados para o atacarejo devido aos preços que são mais em conta.

Para Belmiro Gomes, presidente do Assaí, que é considerado um atacarejo, pois vende tanto para o consumidor comum como para pequenos comerciantes, houve uma expansão de 32,7% nas vendas em relação ao ano passado. Isso representa que eles tiveram R$ 9 bilhões em vendas brutas, porém neste ano ele espera que as vendas melhorem ainda mais.

"A busca por condições econômicas deve continuar muito forte dentro do mercado brasileiro, então, acreditamos que o setor de atacado de autosserviço terá uma boa participação na economia", disse.

Nova forma de comprar - Gomes disse ainda que notou uma mudança no hábito de compra do consumidor brasileiro devido a crise, por isso o setor de atacarejo tem sido uma alternativa para as pessoas que preferem fazer compras mensais maiores, aos invés de comprar em pequenas quantidades, ou em supermercados.

"Esse setor oferece preços competitivos na compra de grandes volumes, assim o consumidor encontra uma forma de economizar, sem deixar de adquirir produtos de qualidade. Mesmo em um cenário econômico não tão otimista, o setor consegue ter um desempenho favorável por oferecer esse diferencial".

Conforme a pesquisa da Abade, no modelo autosserviço, o consumidor final responde pela maior fatia (41%), os supermercados pequenos e médios e o varejo independente tradicional correspondem a um percentual significativo: 30,4%. Ainda no autosserviço, a presença de bares, lanchonetes, padarias e restaurantes também é relevante, respondendo por 23,1% do faturamento.

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