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Economia

De Pokémon a Snapchat, saiba como usar a tecnologia a favor dos negócios

Elci Holsback | 28/08/2016 08:20
Aplicativo abriu novos nichos de mercado (Foto: Divulgação Sebrae)
Aplicativo abriu novos nichos de mercado (Foto: Divulgação Sebrae)

Basta olhar nos parques, praças, ruas, shoppings... Para todos os lados há pessoas com os celulares nas mãos, ansiosas para capturar um monstrinho virtual do jogo Pokémon Go.

O jogo criado pela Nintendo, chegou ao Brasil há menos de um mês e, além de propor a diversão, inaugurou um novo nicho empreendedor, pois, quem não perdeu tempo, utilizou o "jogo da moda" em benefício do seu negócio.

Uma pesquisa divulgada pelo Sebrae (Serviço Nacional de Apoio à Micro e Pequena Empresa) revela que, antes de completar 20 dias de lançamento mundial o aplicativo já havia alcançado 75 milhões de instalações e Bolsa de Valores de Tóquio, no Japão, subiram 120% em apenas duas semanas pós lançamento.

Segundo o levantamento, quem trabalha com tecnologia, tem no Pokémon Go uma oportunidade de inovação, através do universo virtual.

Jogadores estão nos parques e praças, principalmente (Foto: Fernando Antunes)
Jogadores estão nos parques e praças, principalmente (Foto: Fernando Antunes)

Para o consultor do Sebrae/MS, Josué Sanches, antes de tentar de algum modo aproximar esse "boom" de novidades e tecnologias de seu negócio é importante avaliar se o empreendimento é alinhado com os targets das tecnologias. "É preciso observar e responder perguntas como: será que meu público entende esse movimento? Isso combina com meu segmento? Esse tipo de novidade, como o aplicativo do jogo está relacionado com atividades que façam parte do cotidiano de jovens e gamers, como por exemplo, cursinhos, escolas, meio da moda ou universo nerd", avalia Sanches.

O consultor alerta ainda para a importância do cuidado nos investimentos, diante da rapidez com que as tecnologias, assim como outras novidades surgem e desaparecem do mercado. "Vivemos naquilo que é chamado de economia líquida, onde as coisas não duram. Vivemos entorpecidos pelo novo o tempo todo e as novidades surgem como 'febre', mas na velocidade que vêm, vão embora. É preciso muito cuidado, porque ao mesmo tempo que uma ferramenta como essa pode te colocar no patamar de cult, ou antenado, também pode ser um tiro no pé", explica.

Sanches ainda revela que, mais importante que utilizar novas tecnologias para atrair consumidores, o importante é agradar ao seu público. "A palavra da vez é a competitividade e, qualquer diferencial coloca seu negócio à frente e faz com que as pessoas escolham seu empreendimento. Se esse diferencial for a tecnologia, implemente", destaca Sanches.

Entre as ferramentas que podem ser grandes aliadas do empreendedorismo, o consultor aponta o Snapchat como aliado em potencial. "Já que vivemos em um tempo competitivo, onde todos querem conhecer todas as novidades o tempo todo, mais importante que captar ou fidelizar o cliente, agradar seu público com iniciativas simpáticas são muito eficientes. A rede social da vez é o Snapchat, já há uma série de testes sobre como engajar essa ferramenta, não atrai o cliente, mas quem conhece a ferramenta da empresa posta, comenta, divulga como algo legal e isso espalha a o nome ou marca", revela.

Empresário criou serviço de van exclusivo para caça ao Pokémon (Foto: Alcides Neto)
Empresário criou serviço de van exclusivo para caça ao Pokémon (Foto: Alcides Neto)

Empreendedorismo sobre rodas - Com a febre do Pokémon Go, que chegou ao País no dia 3 de agosto, muitas pessoas perceberam a oportunidade de incrementar a renda por meio do jogo. Três dias após o lançamento, a reportagem do Lado B, do Campo Grande News publicou reportagem sobre o estudante e sobre o proprietário de uma empresa de transportes da Capital que, decidiram aderir à "febre" Pokémon, mas de modo empreendedor. Com valor de até R$ 20 a hora, Henrique Almeida (25) criou o "Mototáxi Go", onde, o contratante e caçador de monstrinhos virtuais pode transitar pela cidade, com direito de ir aos pontos estratégicos para a captura ou para reabastecer as pokebolas (munição virtual).

Para quem quer um pouco mais de conforto, Rider Soares (31) disponibiliza um serviço de van com ar condicionado, wi-fi, tomada para recarregar as baterias dos celulares e até mesmo um guia para ajudar com as coordenadas do jogo. Por um passeio de até duas horas, o serviço sai por R$ 30.

As ideias empreendedoras estão espalhadas pelo País, o conteúdo divulgado pelo Sebrae apresentou ainda a história do motoboy Denis Paz, morador de Fortaleza (CE) que estava desempregado e espantou a crise oferecendo serviço semelhante aos implantados pelos jovens empreendedores de Campo Grande. Por R$ 25 o passeio pela cidade conta ainda com carregador portátil para os celulares dos clientes e presença nos melhores pontos para a brincadeira.

Mas não foram apenas os serviços de passeios para a caça ao Pokémon que aqueceram com a nova febre. Em apenas cinco dias, os box do Camelódromo da Capital já contabilizavam 800% de aumento nas vendas de carregadores portáteis para celulares. A peça, antes pouco procurada, com venda média de um por semana, se tornou item obrigatório entre os jogadores, com venda média de nove unidades ao dia, por valores que variam entre R$ 25 e R$ 100.

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