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Economia

Deputados e comerciantes fazem parceria para reduzir custos

Caroline Maldonado | 26/03/2015 10:50
Comerciantes querem conhecer e opinar em todos os projetos que impactam no setor, antes que sejam aprovados na Assembleia Legislativa (Foto: Caroline Maldonado)
Comerciantes querem conhecer e opinar em todos os projetos que impactam no setor, antes que sejam aprovados na Assembleia Legislativa (Foto: Caroline Maldonado)

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Mochi (PMDB), se reuniu hoje (26) com empresários para discutir um termo de cooperação. Os comerciantes querem conhecer e opinar em todos os projetos que impactam o setor, antes que sejam aprovados. Durante a reunião, na sede da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), os empresários aproveitaram para pedir mais segurança e medidas que diminuam os custos com impostos, entre outros.

Segundo o presidente da entidade, João Carlos Polidoro, há uma preocupação com aprovação de novos projetos que podem prejudicar a classe. “Queremos analisar, antecipadamente, o que está tramitando na Assembleia que interfere no trabalho do empresariado. Estamos confiantes que daqui para frente vamos conseguir isso, a partir dessa visita histórica, pois é a primeira vez que um presidente a da Câmara vem aqui para essa discussão”, comentou.

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) é um dos fatores que mais dificultam a atuação dos empresários, segundo Roberto Oshiro. No entanto, os representantes não fizeram uma solicitação específica de redução do tributo. “Quando a gente está em crise, busca diminuir o gasto, já o governo aumenta o imposto ou as taxas. Acho que essa disposição é importante para buscar harmonia. Não é só pedir para acabar com o ICMS. Concordo que temos que olhar o lado do governo, mas temos que ter mais eficiência na aplicação dos recursos públicos”, opinou. Para Roberto, uma solução seria pensar estratégias para aumentar as bases de arrecadação, o que ele chamou de política tributária mais arrojada.

Mochi disse que a Assembleia fará o possível para implementar melhorias para o comércio, em especial na redução dos custos de modo geral para tornar o Estado mais competitivo. “O comércio é o setor que mais arrecada, é o mais expressivo do ponto de vista econômico. A gente não consegue mudar tudo da noite para o dia, mas vamos trabalhar para isso. Precisamos avançar no modelo político para que os segmentos se sintam representados e os parlamentares também se sintam representando a população”, disse.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Mochi (PMDB), disse que os parlamentares farão o possível para implementar melhorias para o comércio, em especial na redução dos custos de modo geral para tornar o Estado mais competitivo (Foto: Caroline Maldonado)
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Mochi (PMDB), disse que os parlamentares farão o possível para implementar melhorias para o comércio, em especial na redução dos custos de modo geral para tornar o Estado mais competitivo (Foto: Caroline Maldonado)

O presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Centro, Adelaido Espinosa Vila, aproveitou para lembrar que a segurança é uma das grandes preocupações dos comerciantes. “Por mais que contratemos segurança privada, a segurança pública é um problema que não temos como resolver. Nós avaliamos o orçamento e vimos que tem previsão de colocar em exercícxio mais mil policiais e isso não aconteceu”, destacou.

Em resposta, o deputado lembrou que o Governado Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou ontem (25) que autorizou um estudo para convocar remanescentes tanto da polícia militar como civil e disse que isso terá que ser discutido, de modo a exigir mais atuação do Governo Federal. “A segurança sempre é debatida de maneira pontual. Falta uma discussão mais ampla. Se não forem definidas fontes de financiamento pela União não vamos avançar”, criticou, ao citar a violência na região de fronteira do Estado, que interfere a atuação dos comerciantes.

Segundo Mocchi, 50% dos internos do sistema prisional de Mato Grosso do Sul estão presos por crimes de competência da Justiça Federal. “Não é responsabilidade do Estado, mas é o Estado que está mantendo”, disse o deputado, lembrando ainda que há vários outros fatores que precisam ser revistos para facilitar o trabalho do setor comercial e industrial, como a redução do preço do óleo diesel.

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