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Economia

Diante do desemprego, entrega de frutas em domicílio vira novo negócio

Mariana Castelar | 18/04/2016 10:35
Com o carrinho de feira, Paula leva os pedidos de  frutas, verduras e legumes para seus clientes. A procura tem crescido tanto que ela já está a procura de um espaço (Foto: Fernando Antunes)
Com o carrinho de feira, Paula leva os pedidos de frutas, verduras e legumes para seus clientes. A procura tem crescido tanto que ela já está a procura de um espaço (Foto: Fernando Antunes)

Aproveitar a crise e fazer dela uma oportunidade para investir em um novo negócio, foi o que Paula Figueiredo fez. Depois de ter sido demitida e não conseguir encontrar outro emprego, a advogada resolveu vender e entregar frutas, verduras e legumes na casa das pessoas.

Com um investimento inicial de R$ 300, Paula está neste ramo há pouco mais de um mês e afirma que a renda já está próxima do que ganhava no trabalho anterior. “A ideia foi do meu pai, que sempre teve uma visão empreendedora. Quando comecei tinha uma expectativa bem baixa, mas o resultado foi mais do que o dobro que eu esperava”.

Com o aumento de pedidos, Paula diz que o próximo passo é investir em um espaço físico. “Já estou com seis clientes fixos, fora uns sete que me procuram diariamente. Com o aumento de demanda, queremos investir em um espaço bacana”. Segundo ela, entre os produtos mais procurados, está o alface e rúcula, que custam R$ 2, e o pacote de cebola e batata R$3.

E não foi só Paula quem teve essa ideia. Com a Kitanda da Jé, a bióloga Jéssica Viana Spíndola resolveu largar a vida atribulada de gerente de loja para fazer entrega de frutas, verduras e legumes orgânicas.

O serviço é simples: o cliente entra em contato, faz seu pedido, marca um horário e  recebe em casa as frutas, verduras e legumes  (Foto: Fernando Antes)
O serviço é simples: o cliente entra em contato, faz seu pedido, marca um horário e recebe em casa as frutas, verduras e legumes (Foto: Fernando Antes)

O projeto, que acontece desde setembro do ano passado, teve um investimento de R$2 mil e já conta com 50 clientes fixos. “Temos também as pessoas que ligam pra gente fazer pedidos uma vez por semana”.

“Trabalhava muito e não tinha qualidade de vida, como sou bióloga tive a ideia de trabalhar apenas com alimentos orgânicos. Então fui me programando, avisei o dono da loja que trabalhava que iria sair e em paralelo já trabalhava com os alimentos. Quando vi que a ideia daria certo, pedi as contas da loja.”.

Segundo os cálculos feitos por ela, a empresa deve começar a gerar lucro em um ou dois anos. “Hoje consigo tirar apenas para me sustentar porque ainda há investimento na logo, etiqueta, estou atrás de um espaço, então tudo isso tem gasto. Pelos cálculos que fiz, meu lucro real será daqui um ou dois anos”.

Com produtos certificados e orgânicos, Jéssica conta que a empresa trabalha com a Organocoop (Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Agricultura Familiar de Campo Grande). “Vendemos porções de legumes que pesam entre 450 g e 500g entre R$ 5 e R$ 6, mas há produtos que passam desse preço ou que vendemos por quilo”.

Segundo o consultor do Sebrae-MS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o ideal é fazer uma pesquisa para saber como o produto que o empresário será aceito. “A empresa tem que entender que é preciso se adequar ao mercado. O cenário é muito volátil, por isso é necessário sempre estar atenda ao mercado”.

Trabalhando apenas com produtos orgânicos, Jéssica já está com o projeto desde setembro do ano passado. (Foto:  Facebook)
Trabalhando apenas com produtos orgânicos, Jéssica já está com o projeto desde setembro do ano passado. (Foto: Facebook)
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