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Economia

Diesel mais caro faz cesta básica subir 2,62% após queda de impostos

Nícholas Vasconcelos | 08/04/2013 16:38
Frete mais caro pesou na cesta básica de Campo Grande. (Foto: Francisco Júnior)
Frete mais caro pesou na cesta básica de Campo Grande. (Foto: Francisco Júnior)

A cesta básica em Campo Grande teve alta de 2,62% no mês de março na comparação com o mês de fevereiro, um reflexo do aumento no preço do óleo diesel, que anulou o impacto esperado com a isenção dos tributos federais. Segundo o levantamento o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Econômicos), os dois reajustes dos combustíveis nos meses de janeiro e março refletiram no valor da cesta de alimentos, que fechou em R$ 276,44.

A expectativa era de que a cesta básica ficasse mais barata em março, quando completou um mês da MP 609, que retirou os impostos federais de alimentos e produtos higiene. No entanto, o combustível subiu e os alimentos ficaram mais caros, além dos que tiveram problemas na produção, no caso do tomate e do trigo. De acordo com Dieese, no caso do tomate, o frete pesa porque o fruto vem de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Para a economista Andreia Ferreira, responsável pela pesquisa do Dieese em Campo Grande, a situação poderia ser pior se não houvesse a redução de impostos do Governo Federal. “Poderíamos ter um aumento ainda maior se não fosse a desoneração”, comentou.

Forçado pelo clima e redução da produção, o tomate ficou 14% mais caro, assim como a farinha de trigo com um reajuste de 10,88%. O produto chegou a ser cotado a R$ 9,98 na Capital.

Com queda na produção e na área plantada, tomate subiu 14%. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Com queda na produção e na área plantada, tomate subiu 14%. (Foto: Vanderlei Aparecido)

“O tomate costuma registrar aumento no primeiro trimestre, em função da chuva, mas desde o ano passado houve redução na área produzida. O resultado é a perda no volume e a variação do clima, que afetou a produtividade”, explicou.
A batata também teve aumento de 2,97%, seguido pelo leite com mais 1,74%, banana com 1,44%, feijão responsável por 1,23%, além da manteiga com elevação 1,02% e o pão francês, com alta de 0,99%.

A explicação para a elevação no preço do trigo vem dos países produtores do Mercosul, já que a produção do Paraná e o Rio Grande do Sul é insuficiente para abastecer o mercado interno. Segundo Andreia, como houve problemas na safra no Brasil e no exterior, o preço por aqui sofreu reajuste.

O Dieese constatou redução de 9,41% no preço do açúcar, de 3,22% no café, de 1,30% no arroz e 0,49% na carne. Esta diminuição do açúcar foi provocada pela queda no preço internacional, e o óleo pela safra recorde da soja.

Na comparação com as outras 17 cidades pesquisadas em o Departamento pesquisa a cesta básica, Campo Grande teve a terceira mais barata do país no mês de março. Aracaju (SE), onde a lista de compras custa R$ 276,44, enquanto em São Paulo (SP) a mesma relação saiu por R$ 336,26.

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