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Economia

Em festa de 35 anos, Fiems comemora crescimento de 55% nas indústrias

Caroline Maldonado | 28/11/2014 00:00
Governador assinou decreto do programa Fomentar Fronteira (Foto: Divulgação/Fiems)
Governador assinou decreto do programa Fomentar Fronteira (Foto: Divulgação/Fiems)
Setor industrial contabiliza crescimento de 55% no número de estabelecimentos em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Fiems)
Setor industrial contabiliza crescimento de 55% no número de estabelecimentos em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Fiems)

Para comemorar o aniversário de 35 anos das Fiems (Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul), diretores, autoridades e representantes de diversas entidades da indústria, comércio e agronegócio se reuniram na noite de hoje (27) na sede da entidade. O setor contabiliza crescimento de 55% no número de estabelecimentos em Mato Grosso do Sul, que passou de 7.615 em 2007 para 11.800 em 2014, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) saltou de 3,9 bilhões em 2007 para 14,1 bilhões neste ano.

Embora os dados sejam motivo de comemoração, o presidente da Fiems, Ségio Longen, não deixou de mencionar a crise no setor, porém confiante de que parcerias com os governos municipal e estadual podem dar suporte ao segmento. Prova disso, foi assinatura de decreto para implantação do programa Fomentar Fronteiras, pelo governador André Puccinelli (PMDB). Com a publicação do decreto, prevista para segunda-feira (1º), indústrias do Estado poderão ter benefícios fiscais na importação de produtos industrializados e acabados do país vizinho Paraguai.

O governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB) participou do evento, fez considerações e falou dos planos para o setor industrial no Estado. Reinaldo criticou a gestão do Governo Federal no que tange a indústria e disse que pretende “interiorizar” o desenvolvimento e a qualificação de mão de obra, sempre conciliando melhoras na logística e benefícios ao municípios que são ainda menos favorecidos.

“Temos nosso programa de governo um modelo de incentivos fiscais, pois não adianta apenas impor regras para a iniciativa privada. Se repararmos a balança comercial, vemos que está deficitária com essa política federal. Temos que fomentar a indústria, desonerar para aumentar a competitividade e precisamos que uma política de nível nacional”, disse Reinaldo.

Comemorações - Amanhã (28), a Fiems segue com a comemoração de aniversário, realizando palestras durante a manhã na sede da entidade. As 9h, palestra Sérgio Longen, as 9h35 é a vez do superintendente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas), Claúdio Mendonça. Em seguida, as 10h10 haverá palestra do presidente da Famasul (Federação de Agruicultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo Riedel, logo após palestra o presidente da Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul), Edison Araújo e por fim o presidente da Faems (Federação das Associações Empresariais do Mato Grosso do Sul), Alfredo Zamlutti.

A noite, as 20h15, haverá ainda a palestra magna “Novos rumos da economia brasileira” e as 21h15 será a entrega do Gran Colar, comendas e medalhas do mérito industrial. Umas das honrarias foi adiantada para a noite de hoje, a do secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, Jader Afonso.

Fomentar Fronteiras – Segundo o gestor de incentivos fiscais da Sefaz (Secretária de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul), Bruno Bastos, a ideia do novo programa é incentivar a ampliação das atividades produtivas na região de fronteira, de modo a diminuir problemas com relação a atividades ilícitas.

Para conseguir os incentivos as empresas importadoras devem fazer com que as mercadorias transitem por algum dos 11 municípios de fronteira. São eles Aral Moreira, Antônio João, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Japorã, Mundo Novo, Ponta Porã, Paranhos, Porto Murtinho e Sete Quedas. Com isso, esses locais serão beneficiados com emprego e renda.

As empresas importadoras devem comercializar produtos idênticos ou similares aos produzidos em Mato Grosso do Sul para contribuir com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) inferior a 1,2%. “A empresa pode até abrir indústria no Paraguai e fazer a importação dos produtos, desde que uma participe dos lucros da outra”, explicou Bruno.

Outra condição é que as empresas que desejam ser incluídas no programa tenham renda mensal igual ou superior aos 50% da que já possuem. “A Sefaz entende que o programa vai trazer ganho na arrecadação sem prejudicar as indústrias aqui já instaladas”, ponderou o gestor.

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