ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 20º

Economia

Em processo de "extinção", lâmpadas "quentes" ainda são consumidas

Caroline Maldonado | 26/05/2014 14:08
No mercado no bairro Tiradentes, a incandescente de 60 watts é vendida por R$ 2,20, enquanto a fluorescente, que equivale a mesma potência custa R$ 9,99 (Foto: Marcos Ermínio)
No mercado no bairro Tiradentes, a incandescente de 60 watts é vendida por R$ 2,20, enquanto a fluorescente, que equivale a mesma potência custa R$ 9,99 (Foto: Marcos Ermínio)
Na varanda da casa do vendedor Rodrigo Aquino, a “lâmpada quente” comprada no mercadinho (Foto: Marcos Ermínio)
Na varanda da casa do vendedor Rodrigo Aquino, a “lâmpada quente” comprada no mercadinho (Foto: Marcos Ermínio)
Na casa da cabeleireira Fernanda Kelly Valdez a troca das lâmpadas diminui a conta de energia em até R$ 55 (Foto: Marcos Ermínio)
Na casa da cabeleireira Fernanda Kelly Valdez a troca das lâmpadas diminui a conta de energia em até R$ 55 (Foto: Marcos Ermínio)

A lâmpada incandescente já teve o fim decretado, mas alguns consumidores ainda preferem a chamada “lâmpada quente”. A extinção da lâmpada incandescente está prevista em portaria do Ministério de Minas e Energia, de dezembro de 2010, que estipulou o prazo de junho de 2012 a junho de 2016 para que ela deixe de ser fabricada e comercializada, gradualmente.  

As lâmpadas de maior potência (de 75 a 150 watts) foram comercializadas até meados de 2013. Em junho deste ano, vence o prazo permitido para a fabricação das lâmpadas de 60 watts. Até junho de 2016 não deverá ser produzido nenhum tipo da lâmpada incandescente. A data limite para comercialização é de um ano seguinte da data de final de fabricação.

Mas no comércio, o consumidor ainda resite. É o que garante a proprietária de um mercado no bairro Tiradentes, Francielly Quintana. Com cerca de 30 unidades no estoque, a proprietária conta que já está alertando os clientes de que em breve só haverá lâmpadas fluorescentes a venda. “Algumas pessoas não querem lâmpada fria, porque é bem mais cara, mas eles sabem que também é mais econômica”, afirma a proprietária.

No mercado de Francielly, a incandescente de 60 watts é vendida por R$ 2,20, enquanto a fluorescente, que equivale a mesma potência custa R$ 9,99. Na opinião da proprietária, a diferença de R$ 7,79 e um tanto de acomodação é o que leva os consumidores a optar pela incandescente.

Na varanda da casa do vendedor Rodrigo Aquino, de longe se vê a “lâmpada quente”. Ele conta que ela só está ali porque não tem muito consumo na residência, então ele não se preocupa com os gastos. “Eu sei que a outra é melhor, mas como eu estava com pressa e não havia da outra pra vender no mercado eu comprei a incandescente. Agora está aí de 'quebra galho'”, conta o vendedor que pretende escolher outro modelo na próxima compra.

Por outro lado, quem tem família grande aderiu logo ao modelo mais recente. Na casa da cabeleireira Fernanda Kelly Valdez a troca aconteceu aos poucos, mas o resultado na conta de luz foi surpreendente. “Quando todas as lâmpadas da casa foram trocadas eu senti uma diferença grande na conta, porque eu tenho crianças e consome muito. De R$ 130 eu passei a pagar cerca de R$ 75”, contou a cabeleireira. Em frente ao estabelecimento ainda há uma lampada incandescente, mas Fernanda garante que foi o tio que colocou ali. “Eu nem tinha percebido, ele colocou aí, porque tinha um 'estoque de lâmpadas antigas'”, conta.

Para incentivar o uso da lâmpada fluorescente, a Enersul tem o projeto “ABC da Energia”, que capacita coordenadores pedagógicos, a fim de alcançar professores, pais e alunos na conscientização da forma mais econômica de utilizar a energia.

O Programa de Eficiência Energética da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também realiza ações de estímulo ao uso da lâmpada fluorescente, em parceria com as concessionarias de energia.

Nos siga no Google Notícias