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Economia

Novos empreendedores recebem apoio oficial para tocar seus negócios

Carlos Martins | 08/12/2010 11:23

15 passam a integrar Sistema Municipal de Incubação de Empresas

Produtos apresentados hoje durante evento do Sistema Municipal de Incubação de Empresas. (Simão Nogueira)
Produtos apresentados hoje durante evento do Sistema Municipal de Incubação de Empresas. (Simão Nogueira)

Nesta quarta-feira o empreendedor Adauton Bernardo recebeu oficialmente o apoio de que necessitava para entrar de vez no disputado mercado dos sorvetes. Ele é um dos 15 novos incubados, como são chamados aqueles pequenos empresários, e que passam a integrar o Sistema Municipal de Incubação de Empresas (SMIE), uma parceria que une a Prefeitura de Campo Grande, Sebrae e Associação dos Micros Empresários.

A solenidade de assinatura dos termos de autorização foi no auditório da Casa Engº Carlos Miguel Mônaco (esquina das avenidas Calógeras e Mato Grosso). “São novos empreendedores que estão entrando no mercado, prosperando, e gerando emprego e renda”, observou o prefeito Nelsinho Trad (PMDB, durante a assinatura dos termos.

Atualmente a prefeitura mantém quatro incubadoras nas áreas de alimentos, artesanato, couro e confecção e cerca de 40 pessoas participam do sistema. As incubadoras estão localizadas nos bairros Santa Emília (Alimentos – Incubadora Norman Edward Hanson); Zé Pereira (Artesanato – Incubadora Zé Pereira); Estrela Dalva (Couro – Incubadora Francisco Giordano Neto); e Mário Covas (Confecção – Incubadora Mário Covas). Estes locais são centros de capacitação que oferecem às comunidades a infraestrutura necessária para o desenvolvimento dos empreendimentos, bem como treinamentos, consultoria e palestras.

Natal Baglioni, secretário-adjunto da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio) mostra sapato produzido na Capital.(Simão Nogueira)
Natal Baglioni, secretário-adjunto da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio) mostra sapato produzido na Capital.(Simão Nogueira)

No caso de Adauton, ele participa na modalidade de Incubação à Distância (incubadora Norman Hanson), situação em que a empresa já dispõe de uma estrutura própria e recebe o apoio técnico e de gestão. A outra modalidade é a de Incubação Residente, na qual o incubado utiliza a estrutura da incubadora, com equipamentos e conta com o apoio de instrutores e consultores. Nestes dois casos o período é de 30 meses, tempo no qual o empreendedor recebe toda a ajuda e a empresa atinge condição de começar a andar com suas próprias pernas. Antes de se tornar um incubado (fase do Pré-Incubado), a empresa recebe apoio na elaboração do plano de negócio fora das dependências da incubadora por um período de três meses e após avaliação, poderá, ou não, se tornar um incubado residente.

Faz mais de 20 anos que Adauton é representante de uma indústria paulista que vende sorvetes. A cada seis meses, ele distribui duas carretas (cada uma com 24 toneladas) carregadas com sorvete de açaí e neste momento ele está migrando da situação de distribuidor para fabricante. em sua cozinha industrial localizada no bairro Ipiranga. Com a marca Açaí do Adauto, ele já produz seus sorvetes de açaí, cupuaçu e guavira em sua cozinha industrial localizada no Bairro Ipiranga e coloca seus produtos em pontos de venda.

“Com o apoio da incubadora e a parceria do Sebrae eu faço o planejamento de custos, elaboração financeira e mercadológica e recebo orientação de nutricionistas da incubadora para elaboração de receitas e do layout das embalagens. Sozinho em não conseguiria isso”, conta o empreendedor. De olho no mercado da capital e de todo o Estado, ele está crescendo e logo vai precisar de um local mais amplo. Por isso ele busca apoio para construir sua fábrica e isso ele poderá obter por meio da incubadora.

Segundo a coordenadora das Incubadoras Municipais, Irene Teodoro da Silva, as empresas que crescem e se destacam no período de 30 meses recebem também um terreno em forma de comodato para construírem suas sedes. Como exemplo de sucesso desde 2005 quando efetivamente começou a funcionara as incubadoras, ela cita o caso do empreendedor Eugênio Mendonza Correa, do ramo de confecções, que depois de dois anos na incubadora está erguendo a sede de sua empresa, a Extim Camisaria, num terreno cedido pela prefeitura.

Para Natal Baglioni, secretário-adjunto da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio), sem o apoio governamental os pequenos e micro empreendedores não teriam chance de iniciar seus negócios. “Como eles têm poucos recursos, precisam de treinamento e de assessoria para começar bem. E a incubadora oferece toda a estrutura da qual necessitam”.

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