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Economia

Energia mais barata gera expectativa, mas também desconfiança

Luciana Brazil | 11/09/2012 13:42
Aposentado critíca tarifa e diz que só vai acreditar em redução depois que ela acontecer. (Fotos:Minamar Júnior)
Aposentado critíca tarifa e diz que só vai acreditar em redução depois que ela acontecer. (Fotos:Minamar Júnior)

O anúncio da redução da tarifa de energia elétrica, divulgado oficialmente na manhã de hoje pela presidente Dilma Rousseff (PT), provocou expectativa nos consumidores de Campo Grande. A maioria dos entrevistados reclama dos valores pagos e revela temor de que a redução seja apenas temporária.

“Aumento é sempre a palavra de ordem e quando vem uma redução é claro que a gente fica na expectativa. O medo é que seja por pouco tempo”, afirmou o vendedor Márcio Bueno, 37 anos.

Mas a desconfiança dos consumidores, neste caso, é desnecessária. De acordo com o Governo, o fim da cobrança de dois encargos tributários, além da renovação de contratos de concessão e aportes da União no valor de R$ 3,3 bilhões, garantem a queda da tarifa.

Para consumidores residenciais, a previsão é de redução no valor da tarifa em em 16,2% e para as indústrias a diminuição prevista é de 28%.

“Estou igual a São Tomé, só acredito vendo”, brincou o aposentado Edmir Toledo, enquanto aguardava na fila da lotérica para pagar a conta de luz.

Por mês, o aposentado, também fazendeiro, gasta de R$ 400 a R$ 500 com a conta de luz de sua casa. Segundo ele, na fazenda o valor é bem menor. “Na fazenda, eu pago cerca de R$ 100 e na minha casa a tarifa é um absurdo. Eu pago quase R$500 por mês. Temos ar-condicionado e microondas, mas quase nunca usamos. É muito raramente”.

A empresária Solange Saito Santos, 51 anos, é dona de uma loja de roupas e o ventilador foi a ferramenta usada para diminuir a conta de luz no estabelecimento. “Por causa do ar-condicionado a conta veio R$600 e eu resolvi colocar os ventiladores”, conta.

Auxiliar administrativo espera diminuir o valor da conta.
Auxiliar administrativo espera diminuir o valor da conta.

Nas ruas, uma parcela dos entrevistados confirmou que já sabia da redução da tarifa, mas desconhecia os detalhes. “Eu vi no jornal e agora eu espero pagar menos de R$100”, disse a auxiliar administrativa Margareth da Cruz Carvalho, 40 anos, que gasta mensalmente mais de R$120 com a conta.

Além da conta de luz, algumas pessoas reclamaram de outras tarifas como o funileiro Belmiro Ferreira, 54 anos, que garante que a tarifa de água é bem mais cara do que a de energia elétrica.

A equipe do Campo Grande News percorreu algumas pontos da cidade e quase 100% dos entrevistados ainda não parou para pensar em qual será a economia no fim do mês.

Exceção à regra, a publicitária Laura Camin, 21 anos, se antecipou em fazer as contas. Há quase seis meses morando em Campo Grande, a paulistana explica que a rotina de poupar dinheiro faz parte de sua vida. “Quando soube da redução, mesmo sem saber quanto iria diminuir, já fiz uma dívida mensal”, conta entre risos.

“Comprei algumas roupas na loja de uma amiga e dividi em várias vezes. A parcela ficou em R$50, mas sei que vou economizar com a luz e posso gastar em outra coisa, mesmo que a conta de luz não diminua tudo isso, ainda assim é um dinheirinho que sobra e qua vai para as roupas”, disse se confessando o consumismo.

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