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Economia

Falta de boi pode levar frigorífico a demitir mais 6 mil

Redação | 06/07/2009 14:00

A falta de bois para abate em Mato Grosso do Sul ameaça causar nova onda de demissões nos frigoríficos. As empresas estão trabalhando com a capacidade mínima em decorrência da falta de matéria-prima, segundo alerta do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Campo Grande e Região, Rinaldo Salomão.

Se não ocorrer intervenção do Governo estadual ou federal, os frigoríficos do Estado poderão demitir aproximadamente 6 mil trabalhadores, que representa 35% dos 17 mil em atividade atualmente no Estado. O número de demissões é o mesmo ocorrido entre o final de 2008 e início deste ano, quando a crise econômica mundial provocou 6 mil desligamentos na indústria agropecuária.

"Alguns frigoríficos estão acostumados a abater uma média de 600 a mil bois por dia, (mas) estão abatendo somente de 50 a 100 cabeças por dia. Eles não vão suportar tamanho prejuízo e logo começarão a quebrar novamente", alertou Salomão.

Exemplos - O sindicato informou que o Frigorífico Beef Nobre, está abatendo de 30 a 40 reses por dia, o que representa 6% da capacidade diária de 600 bois. Rinaldo Salomão alertou que a crise atinge as unidades de Porto Murtinho, Rio Verde do Mato Grosso e Rochedo.

"Não temos dúvidas de que se o Governo não intervir, a situação poderá se tornar mais crítica que há alguns meses", alertou, sobre a crise enfrentada pelo setor. Dos 6 mil demitidos até o momento, apenas 1,5 mil foram recontratados com a retomada do crescimento econômico.

O sindicalista apóia a decisão do governador André Puccinelli (PMDB), que pretendia criar um corredor sanitário na ZAV (Zona de Alta Vigilância) para comprar 10 mil bois por ano do Paraguai. No entanto, os produtores foram contra e o Governo estadual recuou da medida.

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