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Economia

Falta de engenheiro no mercado é mito, mas salário é problema, diz Crea

Luciana Brazil | 11/12/2013 14:30
Jary garante que o número de profissionais no mercado de trabalho é suficiente para atender a demanda.
Jary garante que o número de profissionais no mercado de trabalho é suficiente para atender a demanda.

No dia do engenheiro, comemorado hoje (11), o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul, Jary Castro, garantiu que não há escassez de profissionais no Estado. Ele ainda ressaltou que um dos maiores problemas da categoria passou a ser o salário, já que muitos profissionais não estão recebendo o piso salarial.

Castro desmentiu o mito criado sobre a falta de engenheiros e aproveitou as comemorações da data para condenar o falta de valorização do profissional, ao se referir ao salário.

“A falta de profissionais no Estado é uma inverdade que criaram. Hoje, o mercado tem engenheiros e empresas capacitadas e aptas a trabalharem no mercado. Inclusive, a cada vez mais jovens procuram os cursos de engenharia”, frisou.

Castro admitiu que em algumas áreas da engenharia o cenário é diferente, mas garantiu que se trata de uma escassez pontual. “Temos algumas falhas pontuais de profissionais, como na área naval, petrolífera e de engenharia nuclear. Nesses casos, é possível que aja uma interação com profissionais de fora”.

No Estado estão registrados 10.296 engenheiros, das mais diversas áreas. Já no Brasil o número de profissionais já chega a 1 milhão, de acordo com dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.

O percentual de profissionais exercendo a profissão subiu de 28% em 2000 para 38% em 2009, segundo uma pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada em novembro. Os números afastam o risco de “apagão” de mão de obra de engenheiros.

Com o desenvolvimento da economia abaixo da taxa de crescimento potencial, a demanda da categoria está equilibrada, diferentemente do cenário apontado no ano passado. Os registros de 40 mil novos profissionais por ano, em média, nos Conselhos Regionais de Engenharia atendem à necessidade do mercado, exceto em áreas específicas, como, por exemplo, mineração, gás e petróleo.

Sobre o salário pago a estes profissionais, Castro diz que muitos engenheiros estão ganhando abaixo do piso salarial. “Precisamos valorizar os engenheiros para que eles trabalhem com satisfação”.

Para quem trabalha de quatro a seis horas por dia, o salário deve ser de seis salários mínimos. Para a carga horária de oito horas, o piso determina nove salários mínimos.

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