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Economia

Falta de gasolina na distribuidora BR já afeta postos de outras bandeiras

Mariana Lopes | 26/07/2012 17:01
No posto Ipiranga ao lado da Prefeitura, movimento aumentou 70% em dois dias (Foto: Mariana Lopes)
No posto Ipiranga ao lado da Prefeitura, movimento aumentou 70% em dois dias (Foto: Mariana Lopes)

O problema de distribuição de gasolina nos postos da BR continua e já afeta postos de outras bandeiras, como Ipiranga e Taurus. Nestes, o movimento aumentou e a preocupação das distribuidoras é de não dar conta de atender a demanda de clientes que migraram da BR nos últimos dias.

De acordo com a gerente da base da Taurus em Campo Grande, Márcia Valéria Coninck, os postos estão trabalhando no limite, pois passaram a atender uma demanda de clientes para a qual não estavam preparados.

“Todas as distribuidoras têm cota na Petrobras, e se pedir um adicional muito grande, a própria refinaria não concede o volume, então vai ter distribuidoras que vão acabar sem produto”, explicou Márcia.

A gerente afirma que o transporte dos combustíveis da Taurus é todo pela rodovia e que a base atende os postos de acordo com a quantidade que chega. Ela agrega o problema à logística do transporte. “Aumentou a venda e as viagens demoram mais tampo, e isso acabou desencadeando a falta de gasolina nos postos”, justifica.

No posto Metrópole, da Taurus, localizado na rua Calógeras com a 26 de Agosto, ainda não faltou gasolina, mas a orientação repassada da base é para “segurar” o abastecimento do combustível. O posto recebe de 5 a 7 mil litros por dia, e já trabalham no limite do estoque, segundo a gerente, Neusa Leite.

“A base de Paulínia, em São Paulo, abastece toda a região Centro Oeste, se o problema lá persistir, consequentemente afeta todos os postos, independente da bandeira”, enfatiza Neusa.

No posto da Taurus, o fluxo de carros ficou intenso e o preço do etanol baixou 11 centavos (Foto: Mariana Lopes)
No posto da Taurus, o fluxo de carros ficou intenso e o preço do etanol baixou 11 centavos (Foto: Mariana Lopes)

No posto Ipiranga, da avenida Afonso Pena com a rua Arthur Jorge, o movimento aumentou cerca de 70% em dois dias. Apesar de isso significar aumento nas vendas, a preocupação é em não ter combustível o suficiente para atender a demanda. “Se o problema se estender por mais uma semana, pode faltar gasolina para a gente também”, afirma o gerente do posto, Fábio da Silva.

Em postos de bandeira BR, a falta de gasolina continua e os proprietários baixaram o preço do etanol. “É uma forma de incentivar o cliente a consumir o álcool e segurar a saída da gasolina”, explica o gerente do posto Kátia Locatelli, Leone Campos Brizola.

Em nota, a Petrobras Distribuidora informa que a previsão de abastecimento da base de Campo Grande para hoje é de 800 mil litros de gasolina, 100 mil litros a menos do que ontem, e 789 mil litros de diesel. Essa quantidade é distribuída em Mato Grosso do Sul e algumas cidades de Mato Grosso.

Segundo a assessoria de imprensa, já saíram dos pólos Paulínia, em São Paulo, 1 milhão de litros, e de Araucária, no Paraná, 1.250 milhões de litros, que vem para a base de Campo Grande por rodovia. A expectativa é de que a situação seja normalizada até a próxima semana.

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