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Economia

Fazenda mantém estimativa de inflação em 5,6% para 2011

Wellton Máximo, da Agência Brasil | 04/07/2011 21:41

Apesar de o Banco Central (BC) ter elevado para 5,8% a estimativa de inflação neste ano, o Ministério da Fazenda não acompanhou o movimento. Segundo publicação divulgada hoje (4) pelo ministério, a previsão do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2011 foi mantida em 5,6%.

O número consta da edição de março e abril de Economia Brasileira em Perspectiva, boletim divulgado a cada dois meses pela Fazenda. O ministério também diverge do Banco Central em relação à inflação para o próximo ano. Segundo a publicação, o IPCA deverá fechar 2012 em 4,6%, contra projeção de 4,8% divulgada pelo BC no Relatório de Inflação.

Inicialmente, o ministério tinhadivulgado que a inflação no próximo ano ficaria em 4,5%. No início da noite, a assessoria corrigiu a informação.

De acordo com a Fazenda, um dos principais fatores que ajudarão a conter a inflação será o “arrefecimento” nos próximos meses dos preços que mais contribuíram para elevá-la no início do ano: despesas pessoais, alimentação, educação e vestuário. “As altas de grande parte desses preços tendem a arrefecer nos próximos meses, contribuindo para que a inflação atinja o centro da meta de 4,5% até o final de 2012”, informou a publicação.

Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Fazenda informou que não diverge do Banco Central. Segundo o ministério, as estimativas para o IPCA constam do Relatório de Inflação divulgado em março e todos os números são originários da autoridade monetária.

O boletim também destacou que o etanol contribuirá para a queda da inflação. “Uma das principais fontes de pressão sobre a inflação recente no Brasil, os preços do etanol convergem em direção ao patamar mais baixo registrado no ano passado”, destacou o ministério. Os preços do etanol hidratado recuaram 28% em maio, o que, segundo a Fazenda, deve contribuir para a queda da inflação nos próximos meses.

Na edição anterior do boletim, publicado no início de março, as previsões para o IPCA tinham sido de 5,6% para este ano e de 4,6% para 2012. As demais projeções foram mantidas. As estimativas de alta do Produto Interno Bruto (PIB) ficaram em 4,5% em 2011, 5% em 2012 e 5,5% em 2013 e 2014. Segundo a Fazenda, o ano fechará com superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 3% do PIB e déficit nominal (rombo nas contas depois do pagamento dos juros da dívida) de 1,5% do PIB.

Em relação à evolução do crédito, a publicação informa que as medidas macroprudenciais (contenção de crédito para impedir a inflação provocada pelo excesso de demanda) adotadas no fim do ano passado pelo Banco Central estabilizaram a concessão de empréstimos às pessoas físicas em torno de R$ 700 milhões por dia. O endividamento das famílias caiu de 39,3% da renda em dezembro para 36,6% no fim de março. Em contrapartida, a proporção do salário comprometida com prestações subiu de 21,5% para 26,3% no período.

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