Federação contesta central sindical sobre número de demitidos pelo JBS
Presidente da FTIAA diz que haverá remanejamento de funcionários
O presidente da FTIAA/MS (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Mato Grosso do Sul), Vilson Gimenes, contestou as informações da UGT-MS (União Geral dos Trabalhadores de MS), que afirmou que as demissões no frigorífico JBS em Campo Grande passa de 300 funcionários, podendo chegar a 500.
Gimenes afirma que esteve ontem, em reunião com a direção da unidade I do JBS, e a empresa afirmou que vai reduzir a operação do setor de desossa, diminuindo o número de peças de 2 mil para 600 por dia. Isso reduziria também o número de funcionários no setor, que emprega 500 pessoas.
O presidente da Federação disse que o frigorífico ofereceu a opção dos funcionários da unidade I serem remanejados para a unidade II, que fica na saída para Aquidauana, e que apenas os que não aceitaram a transferência foram demitidos.
O número de desligamentos é de 120 e, segundo Vilson, o frigorífico garantiu que não haverá mais dispensas.
Conforme o presidente da federação, o JBS deverá contratar profissionais para abate, já na semana que vem, porque vai aumentar o número de cabeças abatidas, que passará de 1,1 mil para 1,4 mil cabeças/dia.
Dos 120, 40 funcionários deverão ser recontratados para o setor de embarque do JBS I, que fica na saída para Sidrolândia.
“Portanto, é preciso deixar bem claro que as 120 vagas não foram de fato perdidas. 93 pessoas já estão sendo recontratadas e outras deverão ser aproveitadas também em outros setores”, explicou.
Vilson, que também preside o STIC/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande), afirmou que têm negociado para que o frigorífico conceda cesta básica durante cinco meses para os funcionários demitidos.