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Economia

Feira, supermercado ou sacolão: quem vende o hortifruti mais barato?

Mariana Rodrigues | 21/04/2015 09:10
Em um sacolão no bairro Aero Rancho, os produtos são vendidos em saquinhos à R$ 1,50. (Foto: Alcides Neto)
Em um sacolão no bairro Aero Rancho, os produtos são vendidos em saquinhos à R$ 1,50. (Foto: Alcides Neto)

Verduras e legumes apresentam uma grande variedade de preço em estabelecimentos de Campo Grande, mas o consumidor paga ainda mais caro em supermercados. O tomate, por exemplo, que já chegou a custar quase R$ 10 o quilo, é um produto que precisa ser pesquisado. Isso porque seu preço varia entre R$ 8,28 e R$ 4,99 o quilo, dependendo do local.

Como alternativa para economizar, existem os sacolões em bairros que vendem produtos como tomate, batata, cebola, cenoura, batata doce, entre outros, por um preço definido. No Aero Rancho, o valor pago pela sacola com os produtos é R$ 1,50 e a proprietária Olga Correia da Silva, 42, conta que até o ano passado o preço dos legumes era de R$ 1, mas o valor foi reajustado em R$ 0,50 centavos. "Eu monto e peso os saquinhos com base no preços do Ceasa, mas com esse valor, geralmente o consumidor ganha de R$ 0,12 a R$ 0,15 centavos em cada saquinho".

Olga garante que o seu lucro vem da rotatividade de produtos vendidos, pois é mais prático e ela não perde mercadoria. "As pessoas buscam praticidade além do preço. O consumidor vem, pega o pacote e leva. Dessa forma o produto sai mais rápido e eu não perco mercadoria", contou.

A economista Andreia Ferreira, destaca que a melhor forma de economizar na hora das compras ainda é a pesquisa de preço. "Nos supermercados os melhores dias são às terças, quartas e quintas, onde são encontradas as promoções desses locais", disse.

Para ela, além do preço da mercadoria, o consumidor deve ficar atento ao custo/benefício, como por exemplo, não comprar produtos em grande quantidade se morar sozinho, preferir locais perto de casa e sempre ficar atento a qualidade. "Não adianta a pessoa achar uma promoção em um mercado e morar muito longe, pois ela vai gastar com o transporte até esse local e vai acabar não gerando economia nenhuma. Outra questão é saber comprar, procurar sempre produtos de boa qualidade, se for solteiro prefira comprar em pequenas quantidades para não perder mercadoria. Então o consumidor tem que se atentar a esses detalhes e não só ao preço", destacou.

Os produtos vendidos em saquinhos geram economia de até R$ 0,15 centavos para o consumidor. (Foto: Alcides Neto)
Os produtos vendidos em saquinhos geram economia de até R$ 0,15 centavos para o consumidor. (Foto: Alcides Neto)

As feiras ainda são uma boa forma de economia, segundo Andreia, pois garantem um preço mais baixo com relação aos mercados e os produtos são frescos. "As feiras são interessantes, pois têm a vantagem de encontrar o produto fresquinho e o valor ser mais em conta. Lá o consumidor pode encontrar um preço melhor, ou então, fazer as compras com amigos e pedir um desconto maior para o feirante".

Para o microempresário Carlos Antunes, 56 anos, na hora de comprar verduras, a melhor forma é pesquisar e escolher um local confiável. "Sempre procuro locais que ofereçam bom preço, mas busco também a qualidade. Sempre me informo quanto a procedência, pois não é só o preço que conta, mas a qualidade do produto que você vai colocar à mesa", destacou.

A qualidade dos produtos também contribui para a economia, tanto na hora de comprar, como futuramente. A economista alerta que aproveitar para fazer uma compra consciente também é uma forma de economizar. Uma das alternativas é buscar produtos orgânicos, ou até mesmo fazer a própria horta no quintal de casa.

"Qualquer alternativa que seja ecologicamente correta acaba gerando economia, nesse caso, sem o uso dos agrotóxicos, diminui os riscos de problemas de saúde futuramente, consequentemente o uso de remédios serão menores. Nossas compras têm que ser pensadas não só com relação aos preços, mas também com relação aos benefícios que vão gerar economia futuramente".

Pesquisa - Segundo pesquisa realizada pelo Ceasa (Central de Abastecimento), no período de 14 a 17 de abril, entre os produtos pesquisados, o alface apresentou queda de 14,29%. Na terça-feira ele era comercializado a R$ 23,33, e caiu para R$ 20, o quilo na sexta-feira. A beterraba apresentou aumento de 12,50%, subiu de R$1,60 para R$ 1,80, o quilo. Ainda conforme a pesquisa do Ceasa, o tomate não apresentou variação, e o preço ficou em R$ 3 o quilo durante o período da pesquisa.

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