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Economia

Fraco desempenho da construção fecha 7,5 mil vagas na indústria de MS

Vania Galceran | 27/01/2015 14:42
Após vários anos criando empregos, indústria demitiu mais em 2014 (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Após vários anos criando empregos, indústria demitiu mais em 2014 (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O setor industrial de Mato Grosso do Sul, fechou 2014 com queda de 5,3% na geração de postos de trabalho em relação a 2013, diminuindo de 141.149 para pouco mais de 133.600, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems.

Mais de 7.500 vagas foram fechadas em várias áreas, a indústria da construção, que enfrentou a paralisação das obras relacionadas a construção da fábrica de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas, com a demissão de 7.443 trabalhadores somente no município.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, condição semelhante também ocorreu para o conjunto da economia estadual, que criou 2.128 vagas em 2014 contra 21.071 postos de trabalho em 2013, ou seja, queda de quase 90%.

"Apesar da redução de vagas, a indústria segue respondendo pelo 2º maior contingente de trabalhadores formais empregados no Estado, com participação de 21% sobre o total, ficando atrás somente do setor de serviços, que emprega formalmente 182.400 trabalhadores com participação equivalente a 28,6%", detalhou.

Ele informa que de janeiro a dezembro do ano passado um total de 111 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, proporcionando o fechamento de 11.915 vagas. Entre as atividades industriais com saldo negativo de pelo menos 100 vagas destacaram-se: obras de engenharia civil (-7.552), fabricação de álcool (-641), construção de edifícios (-322), fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes (-318) entre outros.

Por outro lado, no mesmo período, ao todo 108 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 4.381 vagas. Entre as atividades industriais com saldo positivo de pelo menos 100 vagas, destacam-se: fabricação de açúcar em bruto (+1.326), abate de suínos, aves e outros pequenos animais (+495), captação, tratamento e distribuição de água (+283), instalações elétricas (+223), fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel (+165), abate de reses, exceto suínos (+141), obras de terraplanagem (+118) e fabricação de amidos e féculas de Vegetais e de óleos de milho (+105).

Em relação aos municípios, Ezequiel Resende explica que o Radar da Fiems constatou que em 35 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação em 2014, proporcionando a abertura de 3.597 vagas. Entre as cidades com saldo positivo estão Angélica (+760), São Gabriel do Oeste (+448), Itaquiraí (+405), Rio Brilhante (+369), Rochedo (+362), Fátima do Sul (+221), Anastácio (+182), Camapuã (+117), Aparecida do Taboado (+115) e Coxim (+112), com destaque para as atividades de fabricação de açúcar, construção de rodovias, abate de reses, suínos e pequenos animais e fabricação de materiais de plástico.

Por outro lado, no mesmo período, em 42 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, proporcionando a fechamento de 11.131 vagas. Entre as cidades com saldo negativo de pelo menos 100 vagas destacam-se Três Lagoas (-7.866), Campo Grande (-1.443), Iguatemi (-281), Bataiporã (-177), Ribas do Rio Pardo (-176) e Porto Murtinho (-142), sendo que atividades que mais contribuíram para esse saldo negativo foram obras de engenharia, construção de edifícios, montagem de instalações industriais e estruturas metálicas, fabricação de refrigeradores, fios e condutores elétricos, calçados, construção de rodovias, abate de reses, suínos e pequenos animais, fabricação de refrigerantes, obras de geração e distribuição de energia, chapas e madeiras laminadas e ferro-gusa.

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