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Economia

Frentistas de MS terão reajuste de 15,6%; duas vezes o valor da inflação

Caroline Maldonado | 05/03/2015 12:15
"Foi um bom acordo, pois conseguimos ganho real acima do acumulado da inflação", avaliou o presidente do Sinpospetro, Gilson da Silva Sá (Foto: Arquivo/Marcelo Victor)
"Foi um bom acordo, pois conseguimos ganho real acima do acumulado da inflação", avaliou o presidente do Sinpospetro, Gilson da Silva Sá (Foto: Arquivo/Marcelo Victor)

Frentistas de postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul terão reajuste salarial de 15,61% a partir desse mês, porém parcelado em três vezes. O acordo foi fechado ontem (4) com a classe patronal, representada pelo Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul).

Com os 30% de periculosidade que os profissionais recebem, o salário da categoria passa para R$ 1.203,15, segundo o Sinpospetro/MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso do Sul).

"Foi um bom acordo, pois conseguimos ganho real acima do acumulado da inflação", avaliou o presidente do Sinpospetro, Gilson da Silva Sá. De acordo com ele, hoje o salário é de R$ 865,00 mais 30% de periculosidade. O novo valor, de R$ 1.203,15, será pago até julho e entre agosto e dezembro, o salário base dos empregados passa para R$ 1.222,00. De janeiro à fevereiro de 2016, passa para R$ 1.300,00.

Conforme o presidente da entidade, os funcionários terão ainda participação no lucro das empresas. Ficou acordado com a classe patronal que será pago o valor de R$ 450,00, dividido em duas parcelas de R$ 225,00. A primeira parcela do PLR (Participação no Lucro da Empresa) virá junto com a folha de pagamento do mês de agosto deste ano e a segunda, com em fevereiro de 2016.

"Avançamos bem na negociação deste ano e esperamos avançar muito mais em 2016. Esperamos que as empresas continuem valorizando e retribuindo o trabalho de seus empregados, que são os maiores responsáveis pelo êxito de seus negócios", comentou Gilson Sá, ao lembrar que os frentistas podem ligar para (67) 3042-0600, para esclarecer qualquer dúvida quanto a remuneração da categoria.

Consumidor – Em novembro de 2014, a Petrobras aumentou o preço da gasolina em 3% e do diesel em 5%. Com o reajuste do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre a gasolina, o Governo Federal estabeleceu, em 1º de fevereiro deste ano, aumento de R$ 0,22 por litro de gasolina, mas o repasse ao consumidor chegou a R$ 0,37 em Mato Grosso do Sul.

Em alguns postos de Campo Grande, o preço do litro, que antes do reajuste girava em torno de R$ 3,123, chegou a R$ 3,499, uma diferença de R$ 0,37. Na ocasião, o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) explicou que o aumento era necessário, porque a alta da energia aumentou os custos e estava por vir o aumento dos salários dos empregados, estimado em 6% ou 7%.

Conforme a última pesquisa, realizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro da gasolina custa em média R$ 3,481 no Estado e R$ 3,408, em Campo Grande. Já o preço médio do diesel é R$ 3,218 em MS e R$ 3,195, na Capital.

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