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Economia

Frutas, leite e carne fazem custo de vida subir

Redação | 06/04/2010 07:23

A alta nos preços de frutas, leite e carne de segunda foram os principais responsáveis pelo aumento do custo de vida do campo-grandense em março, conforme mostra o Índice de Preços ao Consumidor.

No mês passado a inflação foi de 0,43% em relação a fevereiro. "O grupo Alimentação novamente foi o grande responsável pela alta geral do índice", destaca o coordenador do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Universidade Anhanguera-Uniderp, professor Celso Correia de Souza.

O índice preços do grupo Alimentação apresentou alta de 1,65%. As maiores elevações foram nos preços do tomate (56,89%), uva (19,28%), melancia (16,50%), repolho (15,10%) e limão (13,43%).

Quanto às carnes, ocorreram quedas em alguns cortes de carne bovina de primeira e aumentos em cortes de segunda, destacando-se com quedas de preços: contrafilé (-9,81%), filé mignon (-7,48%) e alcatra (-3,09%); e com aumentos: acém (8,25%), costela bovina (2,46%), músculo (2,19%) e paleta (0,84%). A costeleta e a bisteca suína tiveram quedas de preço de: -7,61% e -0,43%, respectivamente. Já o pernil teve aumento de 1,91%. Os miúdos de frango apresentaram alta de 3,08% e o frango congelado, de 1,49%. O leite pasteurizado aumentou 9,08%.

O grupo Habitação também contribuiu para inflação de março, com índice de 0,28% em relação a fevereiro. As maiores variações positivas de produtos/serviços na composição desse índice foram: refrigerador, com 6,30%; televisor, com 5,34%; saponáceo, com 5,23%; e amaciante de roupas, com 2,95%. Vestuário apresentou forte elevação em seu índice: 1,33%. Os produtos que tiveram as maiores altas de preços foram: camisa masculina (9,97%), blusa (7,32%) e sandália/chinelo feminino (7,18%). O Grupo Educação apresentou uma relativa estabilidade, com pequena alta de 0,06%, devida, principalmente, a reajustes em artigos de papelaria, da ordem de 0,56%.

Os demais grupos apresentaram variações negativas. Com destaque para o grupo Transportes, que registrou índice de -0,71% e contribuiu para segurar a inflação em março. Segundo o pesquisador do Nepes, professor José Francisco dos Reis, quedas de preços ocorreram com o etanol (-4,63%), ônibus intermunicipal (-1,06%), diesel (-0,57%) e gasolina (-0,39%). Em seguida aparecem os grupos Despesas Pessoais e Saúde, respectivamente, com índices de -0,45% e -0,20%. No grupo Despesas Pessoais, as maiores quedas foram nos preços do hidratante (-7,34%), protetor solar (-5,40%) e sabonete (-1,96%). Já no grupo Saúde, houve queda nos preços do analgésico e antitérmico (-5,66%), anti-inflamatório e antirreumático (-4,72%) e antigripal e antitussígeno (-3,87%).

Acumulada - A inflação acumulada em Campo Grande nesse primeiro trimestre de 2010 é de 2,20% e a inflação acumulada nos últimos doze meses chega a 4,46%; índice bem próximo do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que para 2010, continua 4,5%, com tolerância de 2% para mais ou para menos.

"Após uma fortíssima inflação no mês de janeiro, de 1,34%, nos meses de fevereiro e março a inflação permaneceu bem abaixo daquela, ficando praticamente iguais, 0,42% e 0,43%, respectivamente. Esses valores são preocupantes, pois a inflação acumulada nesses três primeiros meses já atinge 2,20%, quase a metade do esperado para o ano todo, que é de 4,5%. Observe que nos últimos 12 meses a inflação acumulada em Campo Grande é de 4,46%, muito próxima do centro da meta do CMN, de 4,5%", destaca o coordenador do Nepes.

Segundo o pesquisador do Núcleo, José Francisco dos Reis, chama atenção a reação do grupo Alimentação, que apresentou uma forte inflação acumulada nesse primeiro trimestre do ano, de 3,99%, puxando para cima a inflação de Campo Grande. "Esse grupo vinha segurando a inflação durante todo o ano de 2009, tendo revertido o sentido a partir de janeiro de 2010. O Banco Central se mostra conservador, mas certamente terá que aumentar a taxa SELIC para contornar esses aumentos de preços, lembrando que a taxa SELIC continua em 8,75% ao ano", destaca.

Em relação à inflação acumulada nos últimos 12 meses, destacam-se os grupos Saúde com 7,98%, e Educação, com 7,45%, com índices muito acima da inflação acumulada anual. "Observe, ainda, que a inflação acumulada nesse primeiro trimestre do grupo Alimentação, que é de 3,99%, é superior ao acumulado desse grupo nos 12 últimos meses, que é de 3,74%. Tendência que se mostra preocupante", destaca Celso Correia. (Com informações da assessoria de imprensa).

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