ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 20º

Economia

Guerra entre postos faz preço da gasolina recuar ao valor de 2012

Luciana Brazil | 02/09/2014 14:27
Com concorrência forte gasolina é vendida a R$ 2,65 na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Com concorrência forte gasolina é vendida a R$ 2,65 na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Preço nas bombas cai e consumidor sai ganhando. (Foto: Marcelo Calazans)
Preço nas bombas cai e consumidor sai ganhando. (Foto: Marcelo Calazans)

A concorrência acirrada entre os postos de combustível em Campo Grande fez o preço da gasolina cair nos últimos dias. O consumidor voltou no tempo e agora encontra nas bombas o preço que pagou em setembro de 2012, quando o litro saía por R$ 2,65. E nesta “briga” quem sai ganhando é o consumidor, que está pegando menos. A luta para atrair os clientes, além de derrubar o preço, é uma estratégia dos postos para acompanhar o mercado local.

Segundo pesquisa divulgada na semana passada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), feita entre os dias 24 e 30 de agosto, o preço médio da gasolina na Capital é de R$ 2,80, o mesmo valor divulgado em setembro de 2012. A Agência divulga semanalmente os preços -médio, máximo e mínimo - dos combustíveis nos estados e capitais.

Conforme a ANP, em setembro de 2012, o maior preço encontrado nas bombas foi de R$ 2,89 - R$ 0,10 centavos a menos que o valor encontrado na última pesquisa, R$ 2,99.

Apesar dos dados apontarem que o preço mínimo, coletado na semana passada, foi de R$ 2,69, nas ruas a reportagem encontrou postos vendendo a gasolina por R$ 2,65, como em 2012.

“Isso é uma guerra de preço. Este é um mercado complicado e diferenciado. Não é como roupa que você compra e revende. Nós temos um contrato com a companhia e temos que vender, temos que cumprir cotas. Se o posto vende menos do que o esperado, o consumidor começa a ver as promoções, tudo porque é preciso cumprir meta”, disse o dono de um posto de gasolina que preferiu não se identificar.

Ele ainda disse que não se deixa levar pelo mercado, e que enquanto tiver como manter seu posto, não vai ceder à guerra da concorrência. “Não vou colocar meu negócio em risco por causa disso. Tenho certeza que muitos postos devem estar no prejuízo. E ficam assim só porque os outros estão vendendo mais barato”.

Essa é a hora para abastecer, frisou a gerente do posto Kátia Locatelli, na Avenida Ceará, Luciana Amado, 32 anos. Ela lembra que o consumidor é quem ganha nesta concorrência. “O posto só não está vendendo a preço de custo porque não pode. Temos que acompanhar o mercado, e temos que vender, é uma briga”.

Os preços estão tão baixos que Luciana diz que a gasolina está mais barata em Campo Grande do que em outras cidades de Mato Grosso do Sul. “Estamos vendendo gasolina mais barata que São Paulo”, disse.

O Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes) informou, por meio de assessoria de imprensa, que não se manifestará mais sobre preço de combustível, mas confirmou que a queda no valor do litro de gasolina é consequência da concorrência.

Nos siga no Google Notícias