ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 25º

Economia

Inflação contribui para queda do movimento do comércio varejista em abril

Mariana Castelar | 13/05/2016 12:54
Para o economista d Normann Kallmu, um dos motivos na queda do movimento do comércio é a queda do poder de compra do consumidor (Foto: Simão Nogueira)
Para o economista d Normann Kallmu, um dos motivos na queda do movimento do comércio é a queda do poder de compra do consumidor (Foto: Simão Nogueira)

O MCV (Movimento do Comércio Varejista da Capital) registrou 87 pontos em abril, cinco pontos a menos que o mês de março deste ano. A queda é ainda maior se comparado a abril de 2015, que fechou com 97 pontos, 10 a mais que o mesmo mês deste ano. Os dados foram divulgados pela ACICG ( Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) nesta sexta-feira (13).

A pesquisa também mostra que os quatro primeiros meses do ano passdo atingiu 385 pontos, 14% menor que o quadrimestre de 2016, que ficou em 330 pontos.

Para o economista da ACICG, Normann Kallmu, os motivos desta redução é a queda do poder de compra do consumidor, a inflação de custos que restringe ainda mais a demanda, e a alteração da carga tributária estadual, que freou a reposição de estoques para nova composição de preços.

“Uma análise da série histórica demonstra que os resultados do mês de abril sempre foram melhores do que os de março, o que não ocorreu neste ano píorando as projeções. Se em março, portanto, havia alguma expectativa ligeiramente otimista em relação a abril, hoje a projeção em relação a maio indica exatamente o contrário, independentemente da ocorrência do dia das Mães, que é a segunda melhor data do calendário do comércio”.

Com estes resultados, o economista acredita que a tendência é que a queda continue em outras pesquisas podendo atingir o MCV-PJ, que que avalia as transações entre as empresas.
“O Índice de Negativação do Consumidor deverá registrar níveis baixos em maio. No nível estadual a insistência do governo em justificar o aumento da carga tributária para viabilizar investimentos, continuará trazendo enorme custo para a economia local, o que pode ser claramente verificado a partir da constatação da redução do MCV-PJ já demonstrado”, finaliza o economista.

Devido a questão política em que o país vem vivendo, Kallmu alerta os empresários para que fiquem atentos a ameaças ou oportunidades que possam surgir neste momento. “Na esfera federal, o impeachment afastará as condições para discutir-se aumentos ou criação de novos tributos antes que sejam apresentados resultados da nova equipe econômica. Pode haver alguma reação positiva se o ministério apresentado por Michel Temer se caracterizar por técnicos reconhecidos pelo mercado por uma atuação ortodoxa e consequente redução das despesas da máquina do governo”.

Nos siga no Google Notícias