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Economia

Inflação de outubro é a menor dos últimos dez anos em Campo Grande

Renata Volpe Haddad | 14/11/2016 09:21
Etanol ficou 8,35% mais caro em outubro, na Capital. (Foto: Pedro Peralta)
Etanol ficou 8,35% mais caro em outubro, na Capital. (Foto: Pedro Peralta)

A inflação em Campo Grande no mês passado apresentou o menor índice desde 2006 e fechou em 0,33%, de acordo com o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), divulgado nesta segunda-feira (14).

O indicador também é 0,64% inferior ao registrado em outubro de 2015, quando chegou a 0,97%, segundo o Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp, o que favoreceu a queda da inflação acumulada nos 12 meses. 

No mês passado, influenciado pelo etanol que encareceu 8,35% em outubro, a inflação subiu 0,07% em relação a setembro, quando fechou em 0,26%.

Os principais responsáveis pela inflação do mês passado foram os grupos: Transportes com índice de 1,60%; Vestuário, com alta 1,21%; Habitação, com 0,11%; Despesas Pessoais, com 0,39%. Em contrapartida, o grupo Educação contribuiu para segurar a inflação, ou seja, apresentou queda de 1%.

De acordo com o coordenador do Núcleo, Celso Correia de Souza, a alta no combustível pesou no índice de outubro. "Mesmo com o etanol mais caro no mês passado, as perspectivas da inflação para os próximos meses são boas, pois temos registrado um comportamento de percentuais mais baixos que as variações mensais do ano passado. Com a melhora do clima, que tem favorecido a produção de cereais, hortifrutícolas e leite, baixando seus preços, a tendência é que o grupo Alimentação não aumente em grandes proporções nos próximos meses e ajude a segurar o índice inflacionário até dezembro. Poderá haver alta, porém, não de grande impacto”, analisa.

Inflação acumulada - Na inflação acumulada dos últimos 12 meses, houve redução de 8,99% em setembro para 8,30%, mas ainda está acima do teto de 6,5% e do centro de 4,5% das metas estabelecidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

O pesquisador da Uniderp também contextualiza que “mesmo com redução, a inflação acumulada de 2016 não deve atingir o teto da meta como é esperado pelo governo, de 6,5%, pois a queda está muito lenta”, explica Celso.

Nos últimos 12 meses os maiores índices acumulados por grupo foram: Alimentação (13,43%), Educação (10,23%) e Despesas Pessoais (9,19%).

No acumulado de 2016, a inflação já atinge 6,19%, ultrapassando a meta. Nesse período, os maiores índices registrados foram: Educação (10,02%), Alimentação (7,71%), Despesas Pessoais (7,96%) e Saúde (7,13%). “Percebe-se, que a inflação tem impactado com mais força as classes de menor poder aquisitivo, que priorizam a alimentação nesse período de dificuldade”, complementa o professor.

Produtos mais caros em outubro - A maizena ficou 52,90% mais cara no mês passado; laranja encareceu 17,02%; alcatra ficou 14,60% mais caro; azeitona 14,20%; tomate encareceu 13,62%; maça 8,84%; etanol 8,35%; carne seca/charque 7,65% mais caro; frango congelado 4,32% e óleo de soja encareceu 2,93% em outubro.

Produtos mais baratos em outubro - Alface teve queda de 21,47% no preço; mamão com queda de 22,40%; pescado fresco 11,60%; leite pasteurizado 7,74%; pneu teve queda de 4,21%; carne paleta com queda de 9,49%; acém 3,32%; sapato feminino 4,16%; feijão 4,89%.

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