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Economia

Investimentos do FCO em MS crescem 366% em seis anos

Carlos Martins | 18/02/2013 13:30
Superintendente do BB, Marco Túlio, apresentou dados sobre a evolução do FCO no Estado  (Foto: Luciano Muta)
Superintendente do BB, Marco Túlio, apresentou dados sobre a evolução do FCO no Estado (Foto: Luciano Muta)

De 1989 até o ano passado, o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) liberou para os quatro estados do Centro-Oeste (MT, MS, GO e DF) R$ 17,7 bilhões referentes a 786 mil operações contratadas. De 2007 para 2012, os recursos liberados para Mato Grosso do Sul cresceram 366%, passando de R$ 348 milhões para R$ 1,623 bilhão no ano passado. Estes números foram apresentados nesta segunda-feira, em Campo Grande, pelo superintendente do Banco do Brasil no Estado, Marco Túlio Moraes da Costa, durante a apresentação do cartão do FCO.

Lançado durante solenidade no auditório da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), o cartão do FCO traz uma série de benefícios. Além de o empresário contar com uma ampla rede de fornecedores – são 9 mil cadastrados pelo Banco do Brasil -, o uso do cartão, que tem múltipla função e é voltado para a pessoa jurídica, permite a redução dos custos de operação, já que os recursos disponibilizados no cartão após a aprovação do projeto são liberados gradualmente e sobre estas parcelas é que incidem os juros.

A possibilidade de fazer a transação pela internet e a melhoria da gestão foram outros benefícios citados pelo superintendente. “O cartão é uma solução moderna, mais ágil e mais segura”, disse Marco Túlio. O evento, uma parceria do Banco do Brasil em conjunto com a Fiems, Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária) e Fecomércio (Federação do Comércio), teve as presenças do governador André Puccinelli e do diretor-superintendente da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), Marcelo Dourado.

Em 2012, o volume de crédito definido para contratação foi de R$ 1,044 bilhão, mas o total que acabou sendo liberado chegou a R$ 1,623 bilhão. Para 2012, o projetado foi definido em R$ 1,100 bilhão, mas os valores a serem liberados devem ficar próximos a R$ 2 bilhões. Em sua fala, o diretor superintendente da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), Marcelo Dourado, respondendo ao governador André Puccinelli, que pleiteia para o Estado pelo menos R$ 2,5 bilhões para 2013, garantiu que pelo menos R$ 2,2 bilhões estão garantidos.

Em 2012, segundo Marco Túlio, todos os municípios do Estado foram contemplados com o FCO. O segmento que mais recebeu financiamento do FCO em Mato Grosso do Sul foi a agricultura (32%), seguido pela indústria (23%). Dos recursos obtidos pelo FCO Empresarial, 45% - cerca de R$ 301 milhões - foram usados na implantação de empresas

Governador André Puccinelli e o presidente da Fiems, Sérgio Longen, durante apresentação do cartão do FCO (Foto: Luciano Muta)
Governador André Puccinelli e o presidente da Fiems, Sérgio Longen, durante apresentação do cartão do FCO (Foto: Luciano Muta)

Agilidade – De acordo com o superintendente do Banco do Brasil, uma das características do FCO é a agilidade na liberação dos recursos. Em 2011, das 7.300 operações realizadas, 87% delas (6.453 operações) tiveram os recursos liberados em até 30 dias. “Em até 60 dias, 90% de todas as operações são liberados e queremos dar ainda mais agilidade, diminuindo ainda mais este tempo. Aquela operação cujo financiamento demora além de 120 dias para ser liberado, a liberação não depende exclusivamente do banco ou do cliente, e sim de agentes externos”, explicou,

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, disse que o cartão do FCO é uma ferramenta que veio para ajudar às empresas. “é uma mola propulsora do desenvolvimento no Estado em diversos setores, como indústria, comercio, turismo, agropecuária. É um novo modelo. Pelo cartão será possível dar mais agilidade aos projetos e a liberação dos recursos aprovados nos projetos apresentados”, explicou.

Os juros que serão cobrados nas operações, de 3% até junho, e de 3,5% entre junho e dezembro, foram considerados “interessantes” pelo presidente da Fiems. “Amplia a capacidade empresarial de investimentos e melhora competitividade”, avaliou. Em sua fala, Longen elogiou as medidas que o governo federal vem tomando para melhorar a competitividade desde o ano passado. Entre elas, ele citou a redução de impostos, da tarifa de energia, diminuição da taxa de juros nos bancos públicos, e a diminuição dos encargos na folha salarial.

“É impossível competir hoje no mercado internacional se fora mantida a atual carga tributária. O governo está dando os primeiros passos com a redução dos juros. Espero que estas ações continuem e se concretizem”, disse Longen. “Com recursos, incentivos e redução de impostos vamos melhorar a competitividade”, afirmou. O governador André Puccinelli disse que os incentivos fiscais concedidos serão prorrogados até o 2028.

Já o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, disse que o cartão do FCO vai ajudar desde o pequeno até o grande. “O produtor deverá estar organizado nos negócios para gerar as informações necessárias para ter acesso aos créditos”, lembrou. Ele disse que os recursos poderão ser usados para a aquisição de máquinas e equipamentos para os pequenos produtores, e para a armazenagem para os produtores de maior escala, que é hoje um dos gargalos na hora de guardar a produção, e ainda também para investimentos em irrigação, correção de solo, reforma de pastagem e compra de animais. “Quem ganha é o desenvolvimento, emprego a renda e o avanço da economia sul-mato-grossense”, finalizou. Também participou da solenidade o presidente da Fecomércio, Edson Araújo.

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