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Economia

Leite perde preferência entre produtores e fica até 34,6% mais caro

Lidiane Kober | 17/09/2013 13:45

Com pouca mão de obra interessada em atuar de domingo a domingo, cerca de 15% dos produtores de Mato Grosso do Sul trocaram de atividade e o leite ficou até 34,6% mais caro nas prateleiras dos supermercados da Capital. É o caso do litro da marca Elegê, que de agosto de 2012 para este ano passou de R$ 2,25 para R$ 3,03.

Ainda de acordo com IPC/CG (Índice de Preço ao Consumidor de Campo Grande), o leite Batavo aumentou de R$ 2,60 para R$ 3,20, (+23%) e a caixa de um litro da marca Parmalat passou de R$ 2,34 para R$ 2,84 (+21,3%). O menor percentual de reajuste foi verificado no leite São Gabriel, que aumentou de R$ 2,26 para R$ 2,67, uma elevação de 18,1%.

Presidente da Câmara Setorial do Leite, Ronan Salgueiro atribuiu o reajuste “ao aumento da demanda e a diminuição da oferta”. Segundo ele, cerca de 15% dos produtores procuraram outra atividade, principalmente, por causa da falta de mão de obra e devido à elevação nos custos.

“A produção de leite não é fácil, exige atenção duas vezes por dia e de domingo a domingo”, explicou. “É mais fácil trabalhar com a terra, por isso, muita gente mudou de atividade”, completou. Além disso, ainda segundo o presidente da Câmara Setorial, no ano passado, o preço do milho aumentou muito e elevou os gastos com a alimentação dos animais.

Nem mesmo o aumento do leite segurou os produtores. Em 2012, o produtor recebia, em média R$ 0,6608 pelo litro. Na semana passada, o Conselho do Leite anunciou a última tabela, no valor de R$ 0,8446.

Ao mesmo tempo, conforme a economista Adriana Mascarenhas, a importação do leite em pó integral diminuiu neste ano. “O preço aumento demais”, explicou. A expectativa, no entanto, é de estabilização do valor do leite. “As pastagens estão se recuperando e a tendência é de não ocorrer novos reajustes”, apostou.

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