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Economia

Marquinhos rebate planilha apresentada pela Enersul

Redação | 01/04/2009 13:25

O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, ocupou a tribuna nesta manhã para rebater os números da planilha apresentada ontem pela Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul).

Para justificar o pedido de reajuste de 23%, que pode chegar a 32,72%, segundo o parlamentar, a concessionária elevou os valores de alguns itens em até 31.035%.

Para o deputado, a empresa falta com o respeito ao pedir o aumento.

No encontro com os deputados, a concessionária fez três propostas: devolver integralmente o valor cobrado indevidamente em decorrência de erro na revisão tarifária de 2003, o que manteria o valor congelado por mais 12 meses; a devolução de 50%, com aumento de 6%; e a devolução de 80%, com alta de 4%.

Trad utilizou alguns itens para questionar a planilha da Enersul. A maior diferença, de 31.035%, está no valor de encargos de serviço do sistema.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) prevê R$ 70.503,94 para este item, mas a Enersul propõe R$ 21.951.277,66.

Outra diferença, de 70%, foi constatada na reserva global de reversão. A agência homologou o valor de R$ 14.161,543,00, enquanto a concessionária quer utilizar R$ 24.207.972,00.

Segundo Trad, outra diferença de 19% a mais foi encontrada no montante destinado para a compra de energia em 2009.

A Aneel prevê gasto de R$ 345.592,042,00, enquanto a Enersul está prevendo R$ 418 milhões.

O deputado questionou ainda o valor destinado para o programa de eficiência energética, de R$ 8,8 milhões para R$ 10,5 milhões.

Ele defendeu que, ao invés de usar o dinheiro para a aquisição de geladeira, a empresa o direciona para o combate a fraudes e gambiarras, consideradas perdas não técnicas.

Para o deputado, se o relatório da Enersul for considerado válido, a Aneel estará "brincando com os números" e deve fechar as portas.

A agência anunciou o percentual da correção da tarifa paga pelos 710 mil consumidores no dia 7 deste mês. O aumento ou decréscimo entra em vigor no dia 8.

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