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Economia

Microcrédito atenderá catadores com juros baixos para uso até em design

Caroline Maldonado | 29/06/2014 10:36
Prefeito garantiu que UTR estará quase pronta até setembro (Foto: Marcos Ermínio)
Prefeito garantiu que UTR estará quase pronta até setembro (Foto: Marcos Ermínio)

A Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) lançará na próxima quinta-feira (3) a nova política de microcrédito para os catadores do lixão do bairro Dom Antônio Barbosa. O grupo aguarda a conclusão da UTR - Unidade de Tratamento de Resíduos. Também serão beneficiados outros 300 empreendedores da economia solidária.

As ações são articulada entre a prefeitura de Campo Grande e o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e terão com um investimento de R$ 4,5 milhões.

Com o início das atividades da UTR, os catadores contarão com uma linha de crédito especial, com taxas de juros entre 0,8% e 1 % ao mês, pelo Credigente. Pelo menos, R$ 500 mil serão investidos para que o banco possa atender a demanda dos catadores, que estão prejudicados desde que o aterro está interditado.

“Catadores e todas as famílias que já atuam na economia solidária terão condições de melhorar a gestão administrativa financeira, investir em design de seus produtos e ampliar as vendas. A nova política trará uma nova roupagem para a economia solidária em Campo Grande”, afirmou o presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), Cícero Ávila.

Com a inserção dos catadores no movimento de economia solidária serão mais de 1.200 pessoas que terão acesso ao credito especial e poderão comercializar seus produtos no Centro Público de Economia Solidária, que será implantado com a liberação do recurso do MTE, prevista para até o final desse ano. “É um avanço histórico que o prefeito está criando. Além das famílias de Campo Grande, poderão participar, pessoas dos distritos e de áreas de assentamentos”, disse Cicero.

Segundo Cícero, a ideia das novas ações é prevenir a exploração por parte de pessoas que queiram liderar os catadores. “Vamos possibilitar que o catador venha se qualificar e toda a organização da UTR seja na forma de economia solidaria, porque queremos inibir o explorador. Dessa forma, eles mesmos vão gerenciar o próprio trabalho”, afirmou.

Situação - O consórcio CG Solurb assumiu a coleta, transporte e destinação do lixo, em 2012. De acordo com o contrato, a Solurb deveria receber R$ 1,3 bilhão da prefeitura, ao longo de 25 anos, para gestão dos resíduos sólidos na Capital.

Em fevereiro deste ano, o MPE (Ministério Público Estadual) pediu a anulação do contrato, com prazo de 180 dias para que o poder público assuma a gestão dos resíduos sólidos ou faça nova licitação. Esse prazo vence em agosto. Se o prazo não for cumprido, o MPE deve entrar com ação civil pública e ação de improbidade administrativa contra o gestor municipal.

No dia sete deste mês, o prefeito informou que a empresa Solurb Soluções Ambientais colocaria equipes para trabalhar em três turnos para que em 90 dias a obra da UTR “esteja semi-pronta” e os catadores possam trabalhar. A Prefeitura repassou R$ 600 mil do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) à Solurb para concluir a etapa da UTR de sua responsabilidade.

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