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Economia

Mudança nos juros e crise derrubam financiamento empresarial em MS

Priscilla Peres | 11/07/2016 10:59
Jaime Verruck e Reinaldo Azambuja participaram de reunião da Sudeco semana passada. (Foto: Ed Ferreira /Ministério da Integração)
Jaime Verruck e Reinaldo Azambuja participaram de reunião da Sudeco semana passada. (Foto: Ed Ferreira /Ministério da Integração)

O agronegócio tem liderado as contratações de recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) em 2016. Do total de R$ 1,190 bilhão disponível para este ano, o setor contraiu R$ 242 milhões, enquanto o setor industrial tem mostrado bastante insegurança nas operações de crédito.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico Jaime Verruck, neste ano o segmento empresarial contratou R$ 3,148 milhões. No ano passado a situação era totalmente inversa, com o setor liderando as contratações do FCO, enquanto o agronegócio aparecia bem abaixo.

Para o secretário responsável pela pasta que detém a gestão do FCO, dois são os motivos que explicam o desempenho do agronegócio. A instabilidade do setor e a taxa de juros que sofreu variação este ano.

"A princípio o setor rural já contratou a parte deles, mas claramente há retração da economia no empresarial", afirma Jaime. Além disso, a taxa de juros do empresarial foi reajustava em 1° janeiro, ficando em média, 1% mais caro para todos os segmentos de financiamento.

Porém, a pedido do governo do Estado no início do ano, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu adiar o início da aplicação da tabela de juros. Mas o processo durou quatro meses e os empresários só começaram a poder contratar os recursos com a taxa antiga em maio.

A mesma situação aconteceu com os juros do setor rural, que são reajustados na metade do ano. Jaime explica que houve aumento no dia 1°de julho, mas em reunião da Sudeco (Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste) na semana passada, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pediu a revisão para que se mantenha os juros atuais.

Jaime Verrcuk afirma que Reinaldo justificou que as contratações estão baixas e o país ainda passa por um momento de crise, sendo importante incentivar os empresários a se manter na atividade. "O FCO rural estimula a compra de insumos, máquinas, equipamentos e é importante manter isso durante o ano".

Sem contar, que o CMN manteve a taxa de juros do setor nas regiões Norte e Nordeste do país, elevando apenas no Centro-Oeste. "Temos uma estagnação, temos restrições de demanda, então nós acreditamos que temos os mesmos problemas que os demais estados e por isso, pedimos a manutenção dos juros", afirma.

A proposta será encaminhada para a bancada federal e o governador deve se reunir com o ministro da fazenda em breve, para formalizar o pedido. Com as mudanças, o secretário Jaime Verruck espera melhorar os dados de contratação até 30 de setembro, já que ao fim desse prazo o recursos que sobrar nos estados do Centro-Oeste é redistribuído.

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