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Economia

No último domingo antes do Natal, famílias vão ao Centro para passear

Flávia Lima | 21/12/2014 17:35
Comerciantes esperam que fluxo de clientes cresça na véspera do Natal. (Foto:Alcides Neto)
Comerciantes esperam que fluxo de clientes cresça na véspera do Natal. (Foto:Alcides Neto)
Famílias preferiram passear e deixar as compras para a véspera do feriado natalino. (Foto:Alcides Neto)
Famílias preferiram passear e deixar as compras para a véspera do feriado natalino. (Foto:Alcides Neto)

O estacionamento livre do parquímetro foi um dos principais atrativos para as famílias da Capital irem ao Centro nesse domingo. Muitas aproveitaram para desfrutar das opções de lazer da região, ao invés de gastar com compras de Natal. A abertura do único shopping do centro, o Pátio Central, também atraiu muitos clientes, mas ao invés de lotarem as lojas, eles preferiram aproveitar a música ao vivo da Praça da Alimentação e almoçar com as famílias. As compras devem ficar para os dias 23 e 24.

Foi o caso da família do programador Wagner Anacleto, que aproveitou o estacionamento liberado para pesquisar os preços nas lojas do shopping. “Já compramos alguma coisa, mas vamos deixar o restante para o início da semana”, afirma. No entanto a família ressalta que vai evitar a quarta-feira (24), dia em que as lojas deverão lotar e o trânsito ficará complicado na região.

O casal Carlos Braz e Sueli Inojossa também aproveitava tranquilamente a atração musical da Praça. “Já antecipamos nossas compras e hoje só viemos curtir e tomar um chopinho para refrescar o calor”, conta.

Quem preferiu pesquisar os preços das lojas da rua 14 de Julho, encontrou muitos estabelecimentos fechados, o que diminuiu o fluxo de pessoas esperado para este último domingo antes do feriado natalino. Quem gostou foram as amigas Alderita Pereira de Souza e Maria de Lurdes Carvalho, que com o movimento tranquilo, conferiram os preços, mas pretendiam comprar apenas lembrancinhas para as famílias. “Esse ano só os sobrinhos é que irão ganhar bons presentes”, afirma a auxiliar de crédito Maria de Lurdes.

Um tanto decepcionada com as promoções, a autônoma Marta Lopes dos Santos foi com o marido, o mecânico Anastácio Maciel dos Santos e o filho Michael Douglas, 1, procurar uma roupa para vestir na noite de Natal. “Achei que nessa última semana iam baixar os preços ou fazer mais ofertas. Tá meio salgado esses preços”, reclama.

O técnico em refrigeração Eduardo Souza e a mulher Marta Travallon também preferiram levar os filhos para dar uma volta na região e ir até a praça Ari Coelho, que está toda enfeitada. “Achei muitas coisas mais caras do que no ano passado. Vim só dar uma olhada nos preços porque durante a semana é inviável devido ao meu trabalho”, diz.

Gabriela Araújo acredita que comerciantes terão prejuízo com as vendas deste fim de ano. (Foto:Alcides Neto)
Gabriela Araújo acredita que comerciantes terão prejuízo com as vendas deste fim de ano. (Foto:Alcides Neto)
Alderita Souza foi ao centro com as amigas apenas para pesquisar os preços (Foto: Alcides Neto)
Alderita Souza foi ao centro com as amigas apenas para pesquisar os preços (Foto: Alcides Neto)

Pouco lucro - Enquanto os clientes preferem passear, os lojistas reclamam que esperavam um movimento melhor neste último fim de semana. Vendedora em uma loja de acessórios no shopping Pátio Central, Vanessa Silva acredita que o medo dos temporais que tem castigado a Capital nos últimos dias afastou a população do centro. “Não vendemos nem 10% a mais do que nos dias de semana”, reclama.

Em outra loja do shopping, de artigos masculinos, a gerente Andréia Carvalho acredita que a população preferiu pagar contas com o 13 º, por isso não sobrou muito para a compras. “Esperamos um aumento de clientes nesses últimos dias, afinal o brasileiro deixa tudo para a última hora mesmo. Até agora vendemos só uns 10% a mais. Iso é pouco por ser época de Natal”, diz.

Dona de uma loja de roupas e acessórios para bebês, Gabriela Araújo é mais pessimista e acredita que todo o comércio vai trabalhar no vermelho após as festas do final de ano. “Em outros anos vendi R$ 13 mil em um dia. Hoje minhas vendas não passaram de R$ 4 mil. O pessoal só quer levar um presentinho básico”, afirma. Ela acredita que o fato de a prefeitura ter pago o 13º em duas parcelas prejudicou muito o consumidor. “O jeito é trabalhar para recuperar o prejuízo”, ressalta.

Já Paulo Sérgio Moreira, gerente de uma loja de roupas e calçados, é mais otimista e aposta em um fluxo maior de clientes no dia 24. “O brasileiro está muito endividado, mas nunca deixa de comprar. Nós conseguimos vender 5% a mais do que em dias normais. Esperávamos um pouquinho a mais, mas está dentro da média. Nossa expectativa é ue as venxdas cresçam mesmo na última hora ”, revela.

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