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Economia

Pagamento de 13º cresce 12,8% e deve atingir R$ 1,7 bilhão em MS

Helio de Freitas, de Dourados | 04/11/2014 13:36

O pagamento do 13º salário deve aquecer a economia de Mato Grosso do Sul em 12,80% a mais na compação com 2013, com a injeção de R$ 1,7 bilhão relativo ao abono que será pago até o dia 20 de dezembro, beneficiando 1.026.915 trabalhadores e pensionistas. A estimativa é do Diesse (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em termos monetários, significa uma ampliação em R$ 202,5 milhões no intervalo de 12 meses e acréscimo de R$ 342 milhões em comparação a 2012, quando começou a divulgação dos dados.

Os valores pagos em 13º salário representam 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto) do estado. Já em relação ao número de habitantes, o Diesse mostra que 23.828 pessoas passarão a receber o 13º salário neste ano, variação de 2,4% em comparação a 2013.

Conforme o levantamento do Diesse divulgado nesta terça-feira, do total de beneficiários do 13º salário em Mato Grosso do Sul neste ano, 63,2% são assalariados dos setores público e privado, 3% são empregados domésticos e 33,7% são aposentados e pensionistas. O número de domésticas com direito ao 13º aumentou neste ano, com a criação de 2.288 vagas. Entretanto, em comparação a 2012 o número de vagas é 5.095 menor.

Do total de recursos destinados ao 13º, 74,7% será pago a trabalhadores do mercado formal e os 25,3% restantes para aposentados e pensionistas. O Diesse aponta ainda impacto da valorização do salário mínimo no abono de fim de ano. Os trabalhadores do mercado formal que receberam R$ 1.704,78 em média em 2012, vão receber agora em 2014 um valor médio de 1.957,67. Já entre os aposentados e pensionistas, o valor médio passou de R$ 1.024,46 para 1.305,04.

Nacional – Em todo o país, o 13º salário deve injetar cerca de R$ 158 bilhões na economia brasileira até dezembro. O montante representa 3% do PIB do país. Cerca de 84 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional, em média, de R$ 1.774,00, segundo a estimativa do Diesse.

Dos cerca de 84,7 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13º salário, aproximadamente 32,7 milhões, ou 38,6% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (52 milhões de pessoas) correspondem a 61,4% do total. Entre estes, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 2,122 milhões equivalendo a 2,5% do conjunto de beneficiários do abono natalino.

Em torno de 975 mil pessoas (ou 1,2% do total) referem-se aos aposentados e beneficiários de pensão da União (Regime Próprio). Há ainda um conjunto de pessoas constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regime próprio) que vai receber o 13º e que não puderam ser quantificados.

O cálculo leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, referente a 2013, e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos setores público (estatutários ou celetistas) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2013, acrescido do saldo do Caged de 2014 (até setembro). Da Pnad, o cálculo levou em conta o contingente estimado de empregados domésticos com registro em carteira.

Foram contabilizados ainda os beneficiários – aposentados e pensionistas – que, em agosto de 2014, recebiam seus proventos do INSS e os aposentados e pensionistas pelo regime próprio da União, dos Estados e, pela primeira vez, dos municípios. Para estes dois últimos, entretanto, não foi possível obter o número de beneficiários.

O Diesse não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano. Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem ao menos parte do 13º antecipadamente.

Do montante a ser pago, em torno de 20% dos R$ 158 bilhões, ou seja, perto de R$ 31,2 bilhões, beneficiarão os beneficiários do INSS. Outros R$ 111,5 bilhões, ou 71% do total, irão para os empregados formalizados, incluindo os empregados domésticos. Aos aposentados e pensionistas da União caberá o equivalente a R$ 7,6 bilhões (4,8%), aos aposentados e pensionistas dos Estados R$ 6,1 bilhões (3,9%) e R$ 1,34 bilhão (0,8%) destinam-se aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios.

O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2014 é 2,9% superior ao calculado para o ano de 2013. Estima-se que aproximadamente 2,39 milhões de pessoas passarão a receber o benefício por terem requerido aposentadoria ou pensão, por terem se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda por terem tido o seu vínculo empregatício formalizado.

Refletindo a maior capacidade econômica da região, a parcela mais expressiva do 13º salário – 51% - deve ficar nos estados do Sudeste, região que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas. Outros 16% do montante devem ser pagos na região Nordeste, enquanto ao Sul serão destinados 15,8%. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 8,7% e 4,8%.

Comércio espera abono de Natal para movimentar vendas.  (Foto: Alcides Neto)
Comércio espera abono de Natal para movimentar vendas. (Foto: Alcides Neto)
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