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Economia

Pão francês pode sofrer reajuste de até 15% em março

Redação | 03/01/2008 08:20

Depois de reajustes nos preços do feijão, da carne, e de outros produtos básicos, o pão francês pode subir entre 10% e15% nos próximos meses, segundo avaliação do Sindicato da Indústria da Panificação de Mato Grosso do Sul (Sindipan), com base no alto preço da farinha de trigo. "O produto subiu quase 60% no último ano, não é possível mais cobrar o mesmo preço pelo pãozinho", justifica o presidente da entidade, Raul Alves Barbosa, que garante já ter verificado o aumento em alguns locais. "Desde outubro o acréscimo está acontecendo."

A professora Miriam Turque, moradora do bairro Monte Castelo, compra pão todos os dias, mas apesar disso diz ter ficado difícil detectar reajustes com o produto vendido a quilo. "Antes, quando o preço era calculado por unidade ficava mais fácil, mas agora já nem sei. Só sei que aumento de um produto essencial como o pão é um problema para todo mundo", comenta.

Donos de padarias dizem que praticam o mesmo preço há pelo menos 1 ano e concordam com a necessidade de reajuste, mas falam em aumento só a partir de março. "Em janeiro e fevereiro o consumo cai, por isso ninguém aumenta o preço. Mas a partir de março vai ser difícil segurar", confirma o proprietário da padaria Du Pão, Edson Caramalac.

O motivo para o reajuste seria a falta de oferta de trigo. No Brasil, 50% do produto é importado, 80% são da Argentina, onde a inflação começou 2008 em disparada e no ano passado fez a farinha subir de US$ 180 para US$ 320 a tonelada.

Há um ano o proprietário da padaria Fornello, Nabor Marques, cobra R$ 5,00 pelo quilo do pão, mas já prepara os clientes para um acréscimo. "Ficou difícil sustentar o preço. Compramos farinha da Argentina porque a produção de trigo brasileira não sustenta o mercado interno. Lá o valor sobe a cada 15 dias. Infelizmente vamos ter de fazer o reajuste", explica Nabor Marques, sem antecipar quando isso vai ocorrer.

Variação - Em Campo Grande o quilo do pão francês é vendido a R$ 2,90 e até R$ 6,00. O menor preço é encontrado em supermercados "porque eles não dependem do pão para sobreviver, usam para atrair os clientes", argumenta o presidente do Sindipan. Aos consumidores mais atentos, comprar pelo menor preço pode representar uma economia significativa, calcula o médico Rogério Camargo. "Parando para pensar, dez pães podem custar R$ 1,40 ou R$ 3,00. Isso, no final do ano, significaria uma economia de mais de R$ 500, só com o pão", comenta ele surpreso.

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