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Economia

Para manter qualidade, restaurantes elevam preço do rodízio em 10%

Luciana Brazil | 15/11/2014 10:09
Preço da carne reflete nos rodízios da Capital. (Foto: Marcelo Calazans)
Preço da carne reflete nos rodízios da Capital. (Foto: Marcelo Calazans)

Com a constante alta no preço da carne, não teve jeito, os donos de restaurantes em Campo Grande se viram obrigados a aumentar o valor dos rodízios de churrasco. Com a carne em elevação há algum tempo, os empresários mexeram nas tabelas de preço afetando diretamente o bolso do cliente. Em alguns lugares, para manter o lucro e evitar o prejuízo, o reajuste foi superior a 10%.

Quem perde é o consumidor, e o que mais preocupa o setor é que a carne não costuma recuar, pelo contrário, a tendência é que o valor sempre aumente. Segundo os empresários, acompanhar a alta é manter a qualidade do serviço.

“Geralmente, a carne não tem uma redução significativa. Ela quase nunca tem o preço reduzido”, frisou o dono do restaurante Bodega, Antonio Meneghini, 42 anos.

Lá, o auto-rodízio, onde o cliente serve a carne, saiu de R$ 26,00 para R$ 29,00, um aumento de 11%. Segundo Antonio, o reajuste da carne afeta todo o restaurante, inclusive o serviço por quilo. No entanto, apenas o rodízio, novidade no empreendimento, continua com preço promocional. “Se tivermos que repassar tudo, não vamos atender mais ninguém”, reclamou.

O preço da carne, segundo Antônio, já subiu quase 30% nos últimos meses. "Toda semana tem um valor diferenciado". Acostumado a comprar outros produtos, ele explica que mussarela, por exemplo, chega a ser vendida a R$ 17,00, no período da entressafra, mas logo depois o preço recua.

Cortes como maminha e picanha, que já estão estão entre os mais caros normalmente, subiram ainda mais. O quilo da picanha saía por R$ 24,00 e agora é vendido por R$ 31,00, dependendo do frigorífico, lembra o empresário.

Antonio tenta manter o rodízio no preço promocional, já o auto-rodízio teve que subir. (Foto: Marcelo Calazans)
Antonio tenta manter o rodízio no preço promocional, já o auto-rodízio teve que subir. (Foto: Marcelo Calazans)
Marcio não sobe os preços para não perder os clientes. (Foto: Marcelo Calazans)
Marcio não sobe os preços para não perder os clientes. (Foto: Marcelo Calazans)

No restaurante Gaúcho Gastão, o reajuste também aconteceu. Um dos sócios proprietários JaksonFrandoloso, 41 anos, garante que a medida, consequentemente, mantém a qualidade do serviço e dos produtos. "Aplicamos um pequeno reajuste para tentar amenizar a diferença de preço. Do contrário, a gente não consegue manter a qualidade", explicou.

O rodízio no restaurante passou de R$ 56 para R$ 59. Jakson lembra também que o frango, geralmente com preço mais acessível do que a carne, também subiu. "O peito de frango que antes eu comprava por R$ 7,00 foi para R$ 7,99.

"Esse aumento de R$ 1,00 significa reajuste de 12% e se eu fosse amentar 12% ia passar meu rodízio para R$ 65,00. Não tem como", explicou Jakson.

Na contramão de outros estabelecimentos, o restaurante Moreira, no centro da cidade, manteve o preço do rodízio porque, segundo o proprietário, Marcio Moreira, 42 anos, não tem como repassar ao cliente todos os aumentos da carne. Lá, mulheres pagam R$ 16,00 e homens R$ 18,00.

Apesar de segurar o preço, Marcio sabe que, deste modo, o prejuízo é certo. "Se você paga mais na carne, mas mantém o mesmo preço, vai ter prejuízo, com certeza", disse Marcio.

Ele afirma que no estabelecimento valor do rodízio está há um ano sem reajuste. "Se subir você perde o cliente", opina ele.

Além da carne, o frango sofreu aumento. (Foto: Marcelo Calazans)
Além da carne, o frango sofreu aumento. (Foto: Marcelo Calazans)
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