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Economia

Pela 1ª vez, comércio pode ficar sem horário especial de fim de ano

Mariana Rodrigues | 23/11/2015 12:18
Caso o acordo não seja fechado, o comércio ficará aberto até às 18h. (Foto: Gerson Walber)
Caso o acordo não seja fechado, o comércio ficará aberto até às 18h. (Foto: Gerson Walber)

Pela primeira vez na história, Campo Grande pode não ter o esquema especial de funcionamento das lojas da região central durante o mês de dezembro. Com isso o consumidor que dependia desse horário para fazer as compras de fim de ano serão prejudicados, já que o comércio no Centro deve funcionar em horário normal, até às 18 horas.

O impasse é por conta de um grupo de comerciantes que se mostraram contra o acordo coletivo firmado pelo Sindicato dos Trabalhadores, que prevê reajuste salarial de até 11%, além de outros benefícios como banco de horas, sete feriados em 2016 e vale-alimentação diário no valor de R$ 10.

Segundo o presidente da Fecomércio (Federação do Comércio de MS), Edison Araújo, caso os empresários não entrem em um consenso e assinem o acordo coletivo, além do horário diferenciado do comércio, será invalidado tudo que foi concedido para os trabalhadores do comércio. "Para que a gente possa prorrogar o horário até mais tarde, temos que ter uma autorização do sindicato laboral, se eles não concederem esse benefício, uma das opções é que cada empresário contrate funcionários para trabalhar nesse turno após às 18h", diz.

Ainda de acordo com Araújo, a Fecomércio e os empresários vão fazer uma mesa redonda junto ao Ministério do Trabalho, com o objetivo de resolver as questões do acordo coletivo para que ele possa ser assinado e os comerciantes possam se organizar para abrir suas lojas até mais tarde no próximo mês. "Ainda hoje vamos marcar a data para nos reunirmos e resolvermos essa questão".

Já para o empresário Ricardo Kuninari, sem o horário estendido, as empresas terão uma certa dificuldade para atender os consumidores e dar mais comodidade para quem for às compras. "Enquanto o acordo não for assinado, não tem como o empresário se organizar para abrir as lojas até mais tarde, a menos que ele faça um acordo individualizado com o sindicato laboral", diz.

Mas, Kuninari lembra que é inviável que os empresários contratarem funcionários novos apenas para atender após o horário normal de funcionamento das lojas do Centro. "Teria que contratar muita gente, e com a crise o número de contratações de funcionários temporários já foi reduzida, não tem como contratar outras pessoas", lamenta.

Kuninari espera que até a próxima sexta-feira (27), os comerciantes cheguem a um acordo e tudo seja resolvido. "Caso não haja um acordo vamos tentar encontrar algum caminho judicialmente, mas por enquanto nada foi definido e muita gente não sabe o que fazer".

Acordo coletivo - O acordo coletivo foi firmado pelo Sindicato do Comércio Varejista da Capital com o Sindicato dos Trabalhadores, e prevê reajuste salarial de até 11% para os comerciários, além de alguns benefícios como um vale-alimentação diário de R$ 10, mas o acordo está sendo contestado por lojistas.

Caso não cheguem a um acordo, além dos funcionários do comércio perderem todos os benefícios, pela primeira vez, Campo Grande não contará com o esquema especial de funcionamento das lojas que segue até às 22 horas durante o mês de dezembro.

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