Pescado fica até 5% mais caro apesar da isenção de tributos federais
A três dias da Sexta-Feira Santa, o quilo do pescado está de 4% a 5% mais caro em relação ao ano passado em Campo Grande. O consumidor, por enquanto, não vai sentir o impacto da isenção de tributos federais, anunciado no dia 8 de março deste ano pela presidente Dilma Rousseff. Ela previu queda de 9% no custo do pescado.
Mesmo com o preço mais salgado, o movimento de consumidores é intenso nas peixarias da Capital. No Mercadão Municipal, segundo o proprietário Cleuber Linares, o pintado representa 50% das vendas no estabelecimento. O quilo do filé de pintado está custando R$ 24,90. Outra espécie bastante procurada é o pacu sem espinho, que está sendo comercializado por R$ 18,50 o quilo e a costelinha de pacu por R$ 21.
O pedreiro Ezequiel Borges, de 61 anos, disse que não tem preferência e escolhe sempre o peixe que está mais barato. “Eu vou levar um pintado inteiro e fazer frito no feriado”, disse.
Mais barato - O pescado chega a uma diferença de 10% a 15% mais barato, no Projeto Feira do Pescado da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) que está na 12ª edição. Segundo o professor, Celso Benites, que coordena o projeto, o preço é mais baixo que do mercado porque não tem fins lucrativos.
Os peixes são criados em um açude em Nova Alvorada do Sul e passam também pelos cuidados dos acadêmicos de Zootecnia. A feira começou hoje e vai até fim dos estoque, que soma quatro toneladas de pacu e pintado. “Antes de colocar preço nos peixes, a gente pesquisa os valores nas peixarias da cidade. Nós chegamos a encontrar em uma peixaria 400 gramas de pacu sendo vendido por R$ 13. Aqui a pessoa compra um quilo por R$ 12,90".
“Todo ano participo da Feira do Pescado da universidade”, disse a copeira Gerina da Silva, de 62 anos, que comprou dois peixes, um pintado e um pacu. Quem quiser participar, a Feira fica no portão 22 do Morenão. A organização aceita cheque e dinheiro.
O consumo de pescado aumenta na Semana Santa, porque os católicos não consomem carne vermelha na Sexta-Feira Santa.