ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Procon constata "abuso" no reajuste da gasolina de 38 postos na Capital

Renata Volpe Haddad | 11/11/2015 16:35
Ficou constatado que os preços da gasolina variaram 47,7% de um mês para o outro.(Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)
Ficou constatado que os preços da gasolina variaram 47,7% de um mês para o outro.(Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)

O Procon/MS constatou que 38 postos de combustíveis aumentaram os preços de forma abusiva e sem justificativa em Campo Grande, nos meses de junho, julho e agosto. Ao final das investigações, foi constatado que em determinados postos, os preços da gasolina variaram 47,7% de um mês para o outro. Já do etanol a variação ficou em 64,08%, do diesel 16,50% e diesel S10 27,05%. Essa variação é entre o preço pago à distribuidora e o utilizado na venda ao consumidor.

As empresas serão notificadas e receberão prazo para apresentar defesa e se a irregularidade for confirmada, os postos poderão pagar multa de até três milhões de Uferms, segundo o Código de Defesa do Consumidor.

A superintendente do Procon, Rosimeire Cecília da Costa, explica que a investigação teve início na primeira semana de agosto, após receber denúncia de uma consumidora. "A cliente procurou o Procon no dia 29 de julho dizendo que ouviu de frentistas que o preço da gasolina e do etanol iria aumentar em vários postos da cidade. A denúncia chegou numa quarta-feira e na segunda-feira seguinte o que ela tinha denunciado aconteceu. Os preços aumentaram de R$ 2,98 para R$ 3,40″, alegou.

Com isso, fiscais da superintendência investigaram os 198 postos de combustíveis da Capital e 38 foram selecionadas por meio de amostragem, que levou em consideração o georreferenciamento de Campo Grande.

“O Procon determinou mediante notificação que essas empresas apresentassem notas de aquisição e venda desses produtos em determinados períodos. Pedimos preços do dias 3/6, 17/6/, 1/7, 15/7 e 3/8 para ver como estavam praticando os preços”, informou a superintendente.

Após serem notificados, os postos de combustíveis baixaram os preços dos produtos. O valor menor registrado nas bombas permaneceu até o aumento efetivo autorizado no final de setembro pelo Governo Federal.

Rosimeire comentou ainda que ficou constatado que essa variação ocorreu sem justa causa, pois o posto comprou o pruto com um preço razoável. "O posto ficou dois meses praticando uma variação maior. Houve essa margem, e ela não se justifica o aumento e por isso está caracterizado a prática abusiva de aumento sem justa causa”, concluiu.

Nos siga no Google Notícias