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Economia

Produtor de MS tem boi, mas espera preço para vendê-lo

Redação | 06/07/2009 15:51

Os pecuaristas sul-mato-grossenses negam falta de boi, que vem causando a ociosidade dos frigoríficos no Estado. No entanto, a categoria admitiu que vem mantendo o rebanho no pasto a espera de melhor cotação no preço da arroba. Como o valor está em R$ 74, eles esperavam valorização de, pelo menos, 13%, dos atuais R$ 74 para R$ 84.

Segundo o presidente da Comissão de Bovino de Corte da Famasul (Federação de Pecuária e Agricultura de Mato Grosso do Sul) e do Sindicato Rural de Campo Grande, José Lemos Monteiro, não existe falta de boi no mercado, apesar da redução do rebanho em decorrência da crise provocada pelo surgimento do foco da febre aftosa em 2005.

Na época, em decorrência da queda no valor da arroba de R$ 60 para R$ 45, produtores rurais foram obrigados a vender até as matrizes. Atualmente, o rebanho está menor, mas não a ponto de provocar o desabastecimento dos frigoríficos, como alertou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, Rinaldo Salomão.

Monteiro explicou que o produtor rural está esperando valorização de 13% no preço da arroba. Ele afirmou que R$ 84 está bom, em relação ao valor atual de R$ 74. No entanto, levantamento da Embrapa Gado de Corte junto com o Sindicato Rural, constatou que o custo da produção é de R$ 79 por arroba. Na venda de um animal com 16 arrobas, o produtor acumula prejuízo de R$ 64.

O representante da Famasul explicou que o produtor só está vendendo o necessário. A expectativa é recuperar o preço com a chegada da entressafra, quando a oferta de boi gordo é menor. Além disto, deve influir no mercado a campanha da Famasul e entidades rurais em defesa da venda só à vista.

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