ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Produtos da ceia de Natal estão até 67,4% mais caros na Capital

Zana Zaidan | 19/12/2013 18:55

Os preços dos produtos da ceia de Natal e Reveillón estão até 67,49% mais caros nas gôndolas dos supermercados de Campo Grande, em comparação com os valores de 2012. A elevação foi constada por pesquisa do Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp, divulgada hoje (19).

“Como uma boa dose prática da economia doméstica, sugere-se a pesquisa de preço dos produtos comprados para as ceias, pois há uma boa variação entre os supermercados e é possível aproveitar as promoções de Natal e de final de ano”, concluiu o coordenador da pesquisa, Celso Correia. A variação média em relação a 2012 foi de 6%, valor acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses em Campo Grande, de 4,11%.

Frutas - O levantamento, realizado nos principais supermercados da Capital, aponta que as frutas mais consumidas durante o Natal estão até 67,49% mais caras, caso dos pêssegos. O preço das uvas subiu 30,33% e as ameixas 20,66%. O reajuste médio das frutas é de 14,35%, ainda segundo a pesquisa.

“Informações do setor produtivo de frutas indicam que a subida de preços foi ocasionada pelo aumento da chuva e pela baixa produção. Já as frutas regionais, como abacaxi e melancia tiveram redução dos seus preços”, comenta o coordenador do Nepes, Celso Correia.

Frutas secas - Por outro lado, os preços das frutas secas apresentaram redução de 5,46%. “Esta variação pode ser explicada pela estratégia de antecipação de compra dos supermercados para os produtos importados, que procuram driblar a variação do dólar e, para as frutas nacionais, os seus preços são regulados pela sua produção. A castanha do Brasil (ou do Pará) apresentou uma boa safra em 2013 e os seus preços reduziram em 9,08%”, justifica o pesquisador do Nepes, José Francisco dos Reis Neto.

Panetones – Já os panetones chegaram mais cedo às prateleiras dos supermercados e tiveram alta de 4,51%. De acordo com Neto, os fabricantes podem ter aumentado os preços em função da elevação dos custos da farinha de trigo e demais ingredientes e pelo aumento do dólar.

Peru mais barato – A pesquisa apontou redução no valor do presunto Seara (10,62%), do contra filé (10,81%) e do peru Sadia (9,35%). “É uma boa oportunidade de explorar mais estes produtos para a ceia, pois relativamente os preços não subiram mais que a inflação acumulada no ano”, sugere o pesquisador.

Já outras carnes bastante utilizadas nas ceias apresentaram aumento médio de 2,71%. A alta foi causada, principalmente, pelo reajuste de preço do bacalhau (13,75%), filé de merluza (11,58%), entre outros.

Bebidas – As bebidas mais consumidas nas ceias de fim de ano, tanto alcoólicas quanto as sem álcool, estão mais caras. A champanhe nacional subiu 37,55%, e o uísque 15,69%. Só o vinho nacional apurado na pesquisa, o Almadén, é que está 10,18% mais em conta. As bebidas não alcoólicas tiveram um aumento médio de 12,50%.
Entre os pesquisados, os produtos que mais tiveram alta foi a farinha de trigo, de 61,81%, seguido do azeite (38,98%), queijo tipo minas (31,41%) e do macarrão spaghetti (29,11%).

Nos siga no Google Notícias