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Economia

Reclamação sobre crise é grande, mas nada parece afetar salões de beleza

Liana Feitosa | 24/03/2015 14:54
Para driblar crise, as clientes estão estendendo prazo entre visitas ao salão, afirmam empresários. (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)
Para driblar crise, as clientes estão estendendo prazo entre visitas ao salão, afirmam empresários. (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)

Crise é a palavra do momento, mas parece não atingir com gravidade os setores de beleza e estética de Campo Grande. "Foi disseminada uma ideia de crise por causa do aumento dos impostos, de tudo, mas esse setor não se compara aos outros segmentos. Aqui não para, o movimento é grande sempre", garante a empresária Kelly Machado, 35 anos, proprietária do salão de beleza Haar, na Capital.

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (23) pelo Campo Grande News apontou para aumento de 13,80% na inflação de produtos utilizados pelas mulheres no dia a dia em 2014. O levantamento é do Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp, com dados do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor).

Pouca coisa - Apesar disso, o que se percebeu foi queda mínima na procura por serviços estéticos e de beleza. "No final de semana nossa agenda é lotada. Tem casamento, formatura, aniversário. Ninguém deixa de casar ou de comemorar aniversário por causa da crise. A cliente pode até dar um espaço maior de tempo entre as vindas ao salão, mas ela não deixa de vir, de procurar os serviços", explica Kelly.

Essa é a mesma constatação do empresário Estevan Leite, da Soft Depilação. Ele percebeu que, do início do ano pra cá, houve certa queda no movimento de clientes.

"As pessoas que faziam depilação de 30 em 30 dias, por exemplo, aumentaram um pouco o prazo, voltando depois de 40 dias. Tanto que as pessoas que eu esperava ver em fevereiro, optaram por vir só no começo de março, mas não deixam de vir. No final de 3 meses, é como se esses clientes economizassem uma sessão", constata.

Alternativas - No entanto, de acordo com Kelly, outros segmentos desse setor sentem mais os efeitos da crise. "Muitos colegas meus dizem que serviços de estética, de tratamentos corporais, diminuíram bastante, mas outros, como depilação e sobrancelha, as mulheres não deixam de fazer", indica a empresária.

Para empresária, saída é apostar em atendimento flexível. (Foto: Divulgação / Haar)
Para empresária, saída é apostar em atendimento flexível. (Foto: Divulgação / Haar)

"Conheço loira que retocava a cor de 3 em 3 meses, mas agora segura por 4 meses. A cliente também pode diminuir a quantidade de escovas que faz no salão por mês, mas de outras coisas ela não abre mão", assegura.

Para o empresário Estevan, a saída para manter o setor aquecido é apostar na divulgação e em promoções. "A gente não pode deixar de fazer divulgação, não importa a mídia escolhida. É fundamental mostrar para os clientes nossas vantagens", pontua.

Recursos - Seguindo a mesma ideia, Kelly investe em atendimento flexível. "A gente oferece serviços diferentes, com valores flexíveis", afirma.

"No caso das clientes que não abrem mão de serem loiras, por exemplo, damos a elas opções de técnicas mais acessíveis. Explicamos alternativas que elas podem escolher e que não ficam tão caras. A gente tem essa conversa franca, não engessa o serviço, pra facilitar pra cliente", detalha.

"A gente cria oportunidades para a cliente driblar a crise", resume.

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