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Economia

Redução do expediente é reflexo da crise em prefeituras, diz Assomasul

Priscilla Peres e Kleber Clajus | 09/01/2015 15:08
Douglas ressalta que municípios passam por crise financeira. (Foto: Campo Grande News Arquivo)
Douglas ressalta que municípios passam por crise financeira. (Foto: Campo Grande News Arquivo)

A situação financeira crítica dos municípios de Mato Grosso do Sul já começa a ter reflexos no funcionamento. Muitas reduziram o horário de atendimento, cortaram terceirizações, contratações, horas extras e até eventos tradicionais. Alguns tentam na Justiça, reaver um montante de R$ 1,2 bilhões que deveria de ser repassado pela União.

Para o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Douglas Figueredo, a pratica de reduzir o horário de expediente adotada por muitas prefeituras é um reflexo da situação. "No meu município (Anastácio) isso não é novidade, por lá cortamos hora extra e reduzimos o horário para economizar até papel e energia elétrica".

Os prefeitos alegam que amargam perdas que somam R$ 2,2 bilhões de repasse de FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A situação é ainda pior em Anaurilândia, onde a prefeitura também perdeu 30% do repasse de royalties das usinas do rio Paraná.

O prefeito Vagner Guirado (PR), conta que em seis meses deixou de receber cerca e R$ 650 mil em royalties e desde o ano passado trabalha com corte de gastos. "Reduzimos expediente, cortamos terceirizado de coleta de lixo e cancelamos a festa de rodeio, a única coisa que não reduziu tanto foi o cafézinho", brica.

Outra situação que vai agravar as finanças municipais é o reajuste de 13% dos professores. O prefeito de Rio Verde de MT, Mario Kruger (PT), explica que os cortes já começaram pela contratação de professores pra esse ano letivo que só vai ser realizada próximo ao início das aulas.

Lá a economia vai chegar a 25%, mas será anulada pelo reajuste dos professores. "Como empresário não vejo a redução do horário como medida salutar, mas temos que diminuir custos", afirma Kruger.

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