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Economia

Reinaldo diz que herdou R$ 253 mi em dívidas e "cenário preocupante"

Edivaldo Bitencourt e Priscilla Peres | 07/04/2015 15:06
Governador apresentou resultado de auditoria realizada nas contas estaduais hoje (Foto: Fernando Antunes)
Governador apresentou resultado de auditoria realizada nas contas estaduais hoje (Foto: Fernando Antunes)

André Puccinelli (PMDB) deixou R$ 253 milhões em dívidas com fornecedores e gastos com pessoal, segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que apresentou o resultado da auditoria na tarde de hoje na Governadoria. Ele destacou que o antecessor não deixou dinheiro em caixa para quitar os débitos. O tucano destacou que o cenário herdado foi de “desequilíbrio econômico e preocupante”.

No dia 1º de janeiro deste ano, segundo o governador, o Estado de Mato Grosso do Sul tinha R$ 301,753 milhões em caixa. No entanto, todos os recursos tinha destino carimbado, como compensação ambiental, Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) e Plano Previdenciário. Este dinheiro não poderia ser usado para outra finalidade.

Outro problema foi o não cumprimento de três das seis metas do PAF (Programa de Ajuste Fiscal), que poderia resultar na aplicação de multa de R$ 24.813.580,34. A penalidade não foi aplicada porque o Governo estadual assumiu uma dívida de R$ 34 milhões da gestão anterior e transferir para este exercício.

As metas não cumpridas foram superávit primário (as contas públicas registraram déficit em 2014); privatização, permissão ou concessão de serviços públicos, reforma administrativa e patrimonial; e despesas de investimento em relação a Receita Líquida Real.

Outro problema, apontado pela auditoria, é que R$ 410 milhões em empenhos foram cancelados e não liquidados. De acordo com o governador, o problema é que alguns serviços foram feitos e um novo levantamento está sendo realizado para apurar o que será, de fato, cancelado.

Dos R$ 253 milhões em débitos, R$ 143 milhões são valores descontados da folha dos servidores como os empréstimos consignados e a previdência, mas não repassados para os bancos e para a Ageprev (Agência Estadual de Previdência). Outros R$ 110 milhões são com fornecedores por serviços de manutenção e limpeza, contratos de publicidade, convênios terceirizados, entre outros.

Ele disse que a herança de André vai comprometer o orçamento estadual deste ano.

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