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Economia

Renda do trabalhador do País caiu apenas no Centro-Oeste

Redação | 08/09/2010 10:48

O Centro-Oeste foi a única região do país que apresentou queda do rendimento médio mensal do trabalhador em 2009 em relação ao ano anterior, de 0,6%. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O estudo mostra que em todo o país o rendimento das pessoas de 10 anos ou mais de idade chegou a R$ 1.106 no ano passado, o que representa uma melhora de 2,2% em relação a 2008.

O incremento no rendimento médio de 2009 ficou abaixo dos acréscimos registrados nas comparações de 2007 e 2006 (3,1%) e de 2006 e 2005 (7,2%). O percentual relativo ao ano passado superou apenas o acréscimo no rendimento de 2008 para 2007, que foi de 1,7%.

"Desde 1992 para cá, diversos planos econômicos foram instalados", disse, ao lembrar que o país teve perdas e ganhos decorrentes desses planos. "Quanto maior for essa perda, mais demorada vai ser a possibilidade de você tentar sair dela, se recuperar. E não temos apenas os efeitos de planos econômicos, mas também de crises como a mundial", destacou o gerente de Integração da Pnad/Pesquisa Mensal de Emprego (PME), Cimar Azeredo.

Em relação a 2008, a Região Norte registrou um aumento do rendimento médio mensal real de 4,4% em 2009. No Nordeste, o acréscimo foi de 2,7%; no Sudeste, de 2%; e no Sul, de 3%. Apesar do crescimento da renda ter sido registrado na maior parte do país, o impacto desse incremento foi diferenciado, refletindo na evolução do índice de Gini [que mede o grau de desigualdade, de acordo com a renda domiciliar per capita] nas diferentes regiões.

"A melhora do rendimento e a própria redução do Gini que vêm sendo observadas ano a ano são indicadores que apontam para uma melhoria geral de condição de vida", afirmou Marcia Quintslr, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

A redução mais significativa desse mecanismo de reflexo da distribuição de rendimento ocorreu na região Centro-Oeste (de 0,552 para 0,540), que, desde 2007, apresentava o maior índice. Com o resultado de 2009, o Nordeste assume o topo da escala, com o maior registro.

Em todo o país, o índice de Gini continuou em queda (passando de 0,521, em 2008, para 0,518, em 2009), mas com um declínio inferior ao revelado em anos anteriores, como em 2007, quando o índice ficou em 0,528, ante 0,541 em 2006. Quanto mais perto de zero, menos desigual é a distribuição.

O rendimento médio de trabalho das mulheres chegou a R$ 786 em 2009, o que representava pouco mais de 67% do constatado entre os homens. A proporção aponta uma pequena melhora na comparação com 2004, quando o rendimento das trabalhadoras era equivalente a 63,6% do rendimento dos homens.

Considerando o rendimento por categorias de emprego, a Pnad 2009 aponta um ganho real de 2,3% na remuneração dos empregados com carteira assinada, com remuneração média mensal de R$ 1.105,00. Entre os trabalhadores domésticos formalizados, o aumento passou de 7% em relação a 2008.

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