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Economia

Revendedoras de cosmésticos reclamam de movimento menor

Luciana Brazil | 11/05/2014 10:38
Cleide lamenta queda nas vendas. (Foto:Marcelo Victor)
Cleide lamenta queda nas vendas. (Foto:Marcelo Victor)

O movimento foi intenso, mas não como em anos anteriores. A leitura é das consultoras de produtos de beleza vendidos por meio meio de catálogos, que tem no Dia das das Mães uma de suas datas mais importantes.

Algumas revendedoras até arriscam um palpite sobre o que poderia ter provocado este cenário. “Eu acho que a Copa tem alguma influência nessa queda. O povo ta guardando dinheiro para Copa. Eu vejo os lojistas fazendo promoção para trair os clientes e isso pode até ser geral”, disse a dona de casa e revendedora da Natura, Dalila Aparecida Fialho Viegas, 48 anos.

No ano passado, segundo Dalila, a comemoração rendeu a ela aproximadamente R$ 2 mil em lucro. “Hoje, a procura está muito pequena. As minhas revendedoras estão com dificuldade para trabalhar. Ano passado, eu vendi mais de R$ 2 mil. Nesse ano não vendi nada ainda, não teve procura nenhuma”.

O crescimento e desenvolvimento deste segmento é consenso. “Esse setor tem crescido muito. E a gente percebe pelo número de pessoas que estão vendendo. A cidade cresce e o mercado crescer mesmo. Só na minha rua, já são cinco revendedoras. Isso me faz procurar um diferencial, outros produtos, porque passo a ter concorrência”, explica Dalila. De acordo com ela, que revende Natura, Avon e Boticário, neste período a receita sofre acréscimo de mais de 30% por causa dos presentes para as mães.

Parece não haver dúvida que o segmento deslanchou, entretanto a venda minguante neste ano também é consensual.

“Mas esse ano caiu muito a procura dos clientes. O número de pedidos antecipado está pequeno, a venda não está boa”, revelou a revendedora Cleide Rebouças Dourado Moraes, 55 anos. Ela não acredita que a Copa seja o problema, mas a aponta a economia, de forma geral, como a grande vilã. “Tudo gira em torno da economia. Se ela não está bem, os empreendimentos vão sofrer a influência”.

Revendedores confirmam o que já se tornou evidente: brasileiro costuma deixar para última hora. “As pessoas deixam sempre para última hora", frisou Cleide. Mas faltando dois dias para o Dia das Mães, a expectativa não é das melhores.  "Queríamos que as vendas fossem como no ano passado", lamentou. 

A revendedora da Mary Kay, Luzinete de Oliveira, é otimista e espera que o sucesso continue. O lucro, conforme ela, chega a ser 60% maior que ao longo do ano.

“Nesta época, traçamos uma estratégia de venda, montamos kits com produtos e vamos também às empresas para fazer demonstração. É um trabalho diferenciado e vale a pena”, explicou Luzinete.

Para ela, os cuidados com a beleza, o que tem sido mais constante entre homens e mulheres, contribui diretamente para o sucesso do segmento. “De uns tempos pra cá aumentou a procura de homens e mulheres. O crescimento é fantástico no Brasil inteiro. Há cinco anos, houve um crescimento estrondoso”.

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