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Economia

Sem receber, empreiteiras param construção de condomínios

Nadyenka Castro | 27/06/2012 18:40

De acordo com a Homex, empresa mexicana responsável pelas obras, houve ‘desacelaração’ dos trabalhos

Em dezembro do ano passado, Homex entregou apartamentos em Campo Grande.(Fotos: João Garrigó)
Em dezembro do ano passado, Homex entregou apartamentos em Campo Grande.(Fotos: João Garrigó)
Outros 200 apartamentos do Varandas do Campo estão em construção pela Homex.
Outros 200 apartamentos do Varandas do Campo estão em construção pela Homex.

Sem receber dinheiro da mexicana Homex, funcionários de empreiteiras que trabalham na construção de condomínios residenciais da multinacional, no bairro Paulo Coelho Machado, em Campo Grande, cruzaram os braços. Os operários começaram a deixar os canteiros de obras nessa terça-feira.

A Homex afirma que os trabalhos não pararam e sim que houve ‘desacelaração’. Sindicatos que representam os operários afirmam que a empresa pode ser acionada na Justiça caso os trabalhadores não recebam salários.

A direção local da Homex se reuniu nesta quarta-feira com o Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Campo Grande) e também com o CGTB/MS (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).

De acordo com Samuel Freitas, presidente do CGTB/MS, a Homex se comprometeu a apresentar até 6 de julho uma data para repasse de dinheiro às empreiteiras e também informações sobre o andamento das obras.

O presidente do Sintracom, José Abelha Neto, explica que o trabalho no local não está totalmente parado. Segundo ele, há funcionários da Homex que atuam em serviços como pintura e alvenaria que continuam trabalhando.

Samuel Freitas explica que o principal receio dos operários é de que as empreiteiras não paguem os salários quando a Homex fizer o repasse. “O trabalhador está com medo de não ser repassado para eles”, fala Samuel. “O trabalhador não tem capital para se manter”, diz,

Caso os salários não sejam pagos, os sindicatos não descartam ir à Justiça para que os pagamentos sejam feitos.

Conforme os sindicalistas, o repasse às empreiteiras não foi feito por questões relacionadas ao cronograma de andamento das obras junto à Caixa Econômica Federal, responsável pela liberação do dinheiro.

Os sindicatos e a assessoria de imprensa da Homex afirmaram que a multinacional está fazendo levantamento da quantia devida às empreiteiras, quantas são e o número de trabalhadores terceirizados.

De acordo com a assessoria de imprensa da Homex, a situação no canteiro de obras não vai atrasar a entrega dos 200 apartamentos dos dois condomínios residenciais, prevista para os próximos 70 dias.

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