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Economia

Setor pede e Governo avalia retomar ICMS zero para a indústria têxtil

Marta Ferreira | 14/09/2011 15:24

O Governo de Mato Grosso do Sul criou uma comissão, na Secretaria de Fazenda, para estudar a retomada da isenção de ICMS para as indústrias do setor têxtil e do vestuário. A alíquota zero funcionou até 2010, mas este ano voltou a 0,6% e os empresários da área reivindicam que ela vote a ser zerada até 2015, para conseguir fazer frente à concorrência dos produtos que vêm, essencialmente, da China.

A criação do gurpo de estudo foi anunciada hoje, durante reunião entre o governador André Puccinelli (PMDB), o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgon Longen, e representantes de 25 empresas, na Governadoria.

A comissão será formada por funcionários da Sefaz e empresários. Puccinelli deu prazo até o fim do mês para que a comissão apresente os pós e os contras da adoção da medida.

“De posse dessas informações, vamos fazer o estudo desse pleito e, com a sinceridade que esse segmento merece, daremos uma resposta com rapidez e clareza”, disse o governador. Ele afirmou que pretende fazer o possível para atender a reivindicação dos empresários.

“Pela reunião realizada hoje, o governador demonstrou uma tendência de que está disposto a negociar o pleito do segmento”, avaliou o presidente da Fiems.

“É importante termos esse canal aberto com o Governo do Estado e os empresários precisam saber que podem continuar recorrendo ao Sistema Fiems e ao Sindivest/MS, que disponibilizam todas as informações sobre infraestrutura, benefícios fiscais, qualificação de mão de obra e financiamentos”, avaliou.

Fôlego-O presidente do Sindivest/MS, José Francisco Veloso, acredita que, se for retomada a alíquota zero, as empresas tenham fôlego para trabalhar e ser mais competitivas em relação aos produtos chineses.

“Esse grupo de trabalho que será montado terá totais condições de apresentar os dados necessários ao Governo do Estado até o fim do mês.

Acreditamos que o governador será favorável ao nosso pleito, facilitando um pouco mais as condições para que as empresas do segmento continuem no Estado, gerando emprego e renda”, destacou.

Proprietário da fábrica Via Blumenau, o empresário Júlio Fukakusa, disse que a reunião abriu uma porta de negociação dos empresários com o Governo do Estado. “Agora, poderemos mostrar os nossos números e analisar junto com a Sefaz o que está acontecendo neste momento com as finanças das indústrias do vestuário e têxtil”.

O proprietário da Universo Íntimo, Gilberto Romanato, viu sensibilidade da parte do governador. A empresa dele tem 1.400 funcionários na unidade de Campo Grande.

“Vamos mostrar o real efeito na economia estadual, caso as empresas aqui instaladas tenham de deixar Mato Grosso do Sul devido a falta de incentivos fiscais”, declarou, considerando oportuno o momento para discutir propostas e estratégias de crescimento. “Precisamos de crescimento constante e elaborar propostas é essencial, dessa forma garantimos a competitividade”, salientou.

Representante da indústria de confecção Ômega Paper, Gilberto Juvenal da Silva, que está em processo de instalação no município de Ribas do Rio Pardo, garante que a concessão de incentivos fiscais motivou a implantação de uma filial em Mato Grosso do Sul.

“Já geramos 70 empregos diretos e indiretos, com isso pretendemos acirrar a disputa com os mercados de outros Estados, alavancando a competitividade”, pontou o representante da Ômega Paper, Gilberto Juvenal da Silva. A empresa está em fase de implantação em Ribas do Rio Pardo.

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