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Economia

Sindicalistas vão a Brasília pedir redução de jornada

Redação | 09/11/2009 07:29

As centrais sindicais em Mato Grosso do Sul levarão mais de 200 manifestantes a Brasília amanhã para participar da VI Marcha na Capital Federal, pela redução de jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

A movimentação acontecerá na Explanada dos Ministérios na quarta-feira, com a participação de centenas de sindicalistas de todo o País.

Ao todo, cinco ônibus locados pelas centrais sindicais levarão os manifestantes de Mato Grosso do Sul a Brasília.

Segundo o presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Samuel da Silva Freitas, a mobilização das entidades é de extrema importância para a aprovação da redução da jornada.

"Precisamos demonstrar força e presença em Brasília para sensibilizar as autoridades sobre a importância das 40 horas semanais", disse.

O vice-presidente da Força Sindical, Estevão Rocha dos Santos, é um dos organizadores da caravana do Estado. Segundo ele, à exceção da CUT, que sairá de sua sede, os demais ônibus sairão da Fetracom, no Jardim América, em Campo Grande.

Para a Força Sindical, três aspectos centrais levam a entidade a defender a redução da jornada de trabalho: social, econômico e fiscal.

Do ponto de vista social, reduzir a jornada de 44 para 40 horas semanais, segundo os sindicalistas, pode incidir no aumento dos postos de trabalho e melhora a qualidade de vida dos funcionários, que terão mais tempo para a família, lazer, estudo e qualificação profissional. Além disso, reduz o número de acidentes e doenças profissionais.

De acordo com os representantes da força sindical, sob a ótica econômica, a redução também traz benefícios, como ganho de produtividade e de lucro das empresas, além da queda com despesas com manutenção e conserto de equipamentos decorrentes da fadiga e do cansaço do trabalhador.

Segundo os sindicalistas, a média de participação da folha de pagamento nos custos totais de produção de indústrias e empresas é inferior a 20%. A redução da jornada, neste caso, representaria menos de 2%, e ocorreria apenas uma vez.

Eles também destacam a desoneração que ocorreu em vários setores da atividade produtiva e redução de tributos, com o fim da CPMF, sem redução de preços.

Conforme os sindicalistas que defendem a causa em Mato Grosso do Sul, do ponto de vista fiscal, a redução da jornada de trabalho significa importante queda de despesas com saúde e Previdência Social.

As doenças profissionais e os acidentes de trabalho por excesso de jornada, de acordo com eles, representam um custo elevado para o governo, uma vez que milhões de reais são gastos com seguro-acidente, despesas hospitalares, reabilitação, internações e medicamentos.

Empresários e industriários de todo o Brasil não concordam com estas argumentações e se movimentam nos bastidores para que esta alteração na jornada de trabalho não seja aprovada no Congresso Nacional.

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