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Economia

Sindicato diz que greve deve fechar 40 agências no Centro da Capital

Caroline Maldonado | 30/09/2014 08:41
(Foto: No centro, maiorias das agências está fechada (Foto: Marcos Ermínio)
(Foto: No centro, maiorias das agências está fechada (Foto: Marcos Ermínio)

A greve dos bancários começa hoje com 80% das 40 agências bancárias do Centro de Campo Grande fechadas, segundo o Sindicário (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região). De acordo com a entidade, as agências que não abrirem ao público, a partir das 11h, têm planos emergenciais e por isso não deve faltar atendimento ou dinheiro nos caixas eletrônicos nos primeiros dias de paralisação.

No ano passado, a categoria ficou 23 dias em greve até entrar em acordo com o sindicato patronal. A presidente do Sindicário, Iaci Torres, admite que a greve deve prejudicar a população de modo geral, mas lembra que as agências que não estão abrindo nesta manhã adotam procedimentos para minimizar os prejuízos aos clientes. “Esse trabalho faz parte dos planos emergenciais das agências bancárias. O sindicato já fez a parte de informar a todos desde a semana passada e agora os bancos que estão paralisando precisam estabelecer o máximo de atendimento à população”, garante.

De acordo com a presidente da entidade, como o abastecimento dos caixas eletrônicos é terceirizado, o serviço continua e não deve faltar dinheiro para saque de imediato. “Mas como o dinheiro para de circular, existe o o risco de começar a faltar dinheiro a partir dos próximos dias”, alerta Iaci.

Os sindicalistas estão percorrendo as agências nesta manhã e fixando cartazes que informam a população sobre a paralisação, além de conversar com bancários das agências que abriram hoje. “Estamos indo nos bancos e fazendo a conscientização sobre a importância da paralisação. A greve foi deflagrada para todas as agências, mas nem todas aderem de início, conforme os dias eles vão aderindo”, explica o sindicalista Benício Pereira Faustino.

Segundo Benício, no Centro de Campo Grande, agências da Caixa Econômica, Itaú, Santander e Bradesco não abriram nesta manhã. “Colocamos carta aberta aos clientes nas portas e no fim do dia vamos fazer uma assembleia para conferir quantas não abriram hoje”, conta.

Na região de Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, a greve deve afetar 50 agências em 13 municípios. Em Três Lagoas, a 338 quilômetros da Capital, 100% das agências devem aderir a greve, de acordo com o Sindicato dos Bancários de Três Lagoas. “Aqui as 11 agências da cidade estarão fechadas. Quem precisa de serviços que só podem ser feitos dentro do banco ficam prejudicados, mas os caixas eletrônicos estão funcionando normalmente”, conta a presidente da entidade, Thelma Rocha Caniço.

Os sindicalistas lembaram que o Banco Postal, que é correspondente do Brasil nos Correios, permanece aberto; além das Casas Lotéricas e algumas farmácias e supermercados, que fazem determinadas transações. A paralisação deve atingir também agências bancárias de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, e região.

Reivindicação - Os sindicalistas querem reajuste de 12,5% nos salários, piso salarial de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá; que estão entre os 20 itens da reivindicação.

Os bancários cobram ainda o fim das dispensas sem motivo, da cobrança por metas, ampliação dos itens do projeto piloto de segurança para todo o Brasil e igualdade de oportunidades na ascensão profissional. Na última renunião com os sindicalsitas, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propôs aumentar de 7% para 7,35% o reajuste salarial. Em todo o país a proposta foi negada.

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