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Economia

Supermercados apostam no Natal e vale tudo na guerra por clientes

Luciana Brazil | 16/12/2014 08:45
Além da comida, empresária lembra que os gastos acontecem com presentes e decoração. (Foto: Marcos Ermínio)
Além da comida, empresária lembra que os gastos acontecem com presentes e decoração. (Foto: Marcos Ermínio)

De olho na ceia de Natal e na comilança tradicional de fim de ano, o setor supermercadista de Campo Grande está otimista e espera aumento nas vendas entre 10% e 12%, em relação ao ano passado. No entanto, as redes menores, acreditam em avanço tímido, de apenas 5%, e têm adotado estratégias para atrair o cliente que vão desde carro de som até panfletagem nas ruas.  

Para este período de festas, a expectativa da Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados) é de alta de 14% na vendas de produtos natalinos, segundo pesquisa feita pela entidade. Bebidas, carnes e frutas estão entre os produtos que mais vendem neste período de festas. “Algumas opções de brinquedo e outros itens mais específicos também ajudam a alavancar as vendas do setor”, explica o diretor da Amas, Luiz Tadeu Gaetedick.

Comércio- No supermercado Enconta, da Rede Econômica, na Rua Rio Grande do Sul, o gerente Gilson da Conceição, 40 anos, acredita que a tendência é crescer e espera um percentual significativo de 10%. “O aceitável, no mínimo, é aumento de 10% nas vendas. Mesmo que seja pouco, o crescimento tem que acontecer”, disse.

Gilson destaca ainda que o tipo de cliente atendido na loja, o chamado “cliente sacolinha”, costuma comprar poucas coisas, gastando um tempo menor na loja. “O foco é diferenciado. Ele não vem aqui para encher o carrinho. É o cliente auto-giro, cliente sacolinha, que compra reposição”, explicou.

No supermercado da Rede Legal, na Rua Arthur Jorge, oferecer produtos de qualidade com menor preço é a estratégia de lucro, combinação que pode dar certo, segundo o gerente da unidade Alex Silva, 35 anos.

Apesar da situação econômica do país, ele diz que a expectativa é alcançar 12% a mais nas vendas. “Eu espero que as vendas sejam maiores em até 12%. As pessoas estão preferindo comprar perto de casa, onde a fila é rápida e não dura nem 10 minutos. Aqui, nós priorizamos também o atendimento”.

Na rede Pão de Açúcar, inaugurada neste ano em Campo Grande, os produtos natalinos, como carne e panetones, terão acréscimo de 6,5% e 10%, respectivamente, em relação ao ano passado.

Alex está otimista e acredita que as vendas cresçam 12%. (Foto: marcos Ermínio)
Alex está otimista e acredita que as vendas cresçam 12%. (Foto: marcos Ermínio)

Embora o setor esteja animado, alguns empresários ainda temem as vendas para este ano. No Supermercado Duarte, na Avenida Manoel da Costa Lima, na Vila Piratininga, o sócio-proprietário Edilson Limiro Duarte, 42, não está nada animado com o fim do ano. Ele diz que o crescimento não deve ser maior que 5%. “Não está fácil. As pessoas não estão comprando muito por causa da questão econômica do país”, acredita.

Mesmo distribuindo panfletos e disponibilizando um carro de som, que percorre as ruas do bairro, Edilson diz que grandes redes, abertas próximas à unidade Duarte, estão atravancando as vendas. “Esses 'atacarejo' têm atrapalhado muito”, disse ele se referindo às unidades de atacado.

O proprietário explica que apesar da loja oferecer as sacolas e os empacotadores, o que o cliente não encontra nos estabelecimentos que vendem produtos por atacado, fica difícil competir com essas redes já que os clientes estão em busca dos menores preços.

Consumidor- Representantes do segmento frisam a mudança no comportamento dos consumidores, que antes enchiam o carrinho e hoje costumam fazer uma compra mais tímida, porém, com mais frequência. Nas festas de fim ano, a conta do mercado até fica mais cara, mas para a empresária Marcela Bataglini, 31 anos, as famílias acabam dividindo as despesas e também os pratos na hora de festejar, o que ajuda a economizar.

Acostumada a fazer as compras com antecedência para conseguir os melhores produtos, como as frutas, ela diz que é muito mais comum hoje as famílias dividirem as responsabilidades da ceia. “Acho mais difícil alguém ficar responsável por tudo. A gente sempre divide, o que também fica mais barato. Mas os gastos existem independente disso, já que tem a decoração e os presentes”.

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