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Economia

Tribunal de Contas vê falhas em projeto e multa responsáveis por usina

Renata Volpe Haddad | 16/05/2016 18:13
Usina foi inaugurada em 2013 e tem falhas no projeto. (Foto: Divulgação)
Usina foi inaugurada em 2013 e tem falhas no projeto. (Foto: Divulgação)

O TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou falhas no projeto básico da Usina São Domingos, em Água Clara, distante 198 km de Campo Grande, e determinou que a Eletrosul apure as responsabilidades da empresa projetista Hydros Engenharia Ltda e lntertechne Consultores S.A. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial da União).

De acordo com o Acórdão do relator Benjamin Zymler, o então engenheiro civil da Eletrosul e coordenador das obras da usina, Ademir Antônio Valentini e os gerentes do Departamento de Engenharia de Geração, Anderson Eduardo Santana e José Roberto Ramalho Calleja foram multados em R$ 5 mil cada um.

Segundo a publicação, os três têm 15 dias a partir da notificação, para quitação da dívida. Além do pagamento da multa, foi determinado que a Eletrosul apure as responsabilidades das empresas contratadas para a prestação de serviços de engenharia, pelas falhas constatadas no projeto básico da Usina São Domingos, adotando as medidas que entender cabíveis para reaver os eventuais danos observados.

A Eletrosul tem o prazo de 120 dias para entregar ao TCU o resultado da apuração e as providências adotadas. O Campo Grande News entrou em contato com a Eletrosul, porém, a reportagem foi informada que o presidente está em viagem.

Usina - A usina São Domingos aproveita o potencial do rio Verde, nos municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo e acionou a segunda turbina em julho de 2013. Desta forma, atingiu a capacidade máxima, que é a geração de 48 megawatts, suficiente para atender ao consumo de aproximadamente 550 mil habitantes.

A primeira turbina foi acionada em 14 de junho. Com investimento de R$ 485 milhões e maior obra do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) no Estado, a usina deveria entrar em operação em setembro de 2012, mas passou por diversos percalços.

Em maio de 2012, a construção chegou a ser suspensa por falta de projeto para transposição dos peixes. Também em 2012, funcionários atearam fogo a alojamentos e o TCU (Tribunal de Contas da União) mandou refazer contratos para evitar desperdício de R$ 8,8 milhões.

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