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Economia

Variedade de artigos e simpatia elevam as vendas na Feira Central

Flávia Lima | 24/12/2014 08:14
Restaurantes e lojas estão com horário diferenciado para atender a demanda de turistas. (Foto:Flávia Lima)
Restaurantes e lojas estão com horário diferenciado para atender a demanda de turistas. (Foto:Flávia Lima)

Mix de gastronomia, atrações culturais e comércio variado, a Feira Central, um dos principais pontos de turísticos de Campo Grande, se tornou um dos locais mais procurados pela população para comprar os presentes e lembrancinhas de Natal.

A Feira, que tem restaurantes funcionando até de madrugada, adotou um horário diferenciado até janeiro, para atender os turistas que visitam a cidade nessa época do ano. No dia 24, tanto as lojas quanto o setor de alimentação funcionarão até às 18 horas. Essa prática aumentou o fluxo de pessoas que passam pelo local, que é maior às quartas e sábados. Neste período do ano, já passaram pela Feira pelo menos 100 mil pessoas, um acréscimo de até 30% no número de visitantes.

Com mais de dez restaurantes e 190 lojas, que comercializam produtos que vão desde eletrônicos até maquiagens, bijuterias, brinquedos e artesanato, a Feira tem opções para todas as faixas etárias e perfis de consumidor. O preços convidativos garantem que ninguém saia sem uma recordação da Capital.

Opções mais procuradas, os artigos de artesanato podem ser encontrados na maioria dos boxes, com preços que variam de R$ 3 (chaveiros e imãs de geladeira) até produtos que passam dos R$ 100, como camisetas bordadas e objetos de decoração.

Mesmo com ressalvas quanto ao lucro no período do Natal, os comerciantes afirmam que é possível lucrar de 30% a 40% a mais do que no restante do ano. Dona de uma loja de artigos religiosos e artesanato, Nilva Corrente está na Feira há mais de 20 anos e diz que de um modo geral o movimento no local caiu muito, porém os turistas ainda garantem o lucro no final do ano. “Ano passado sentimos um crescimento bom só na última semana, por isso esperamos que esse quadro se repita até quarta-feira. Mas temos que ser cautelosos para não começar o ano com dívidas”, ressalta.

A comerciante Claudia Castelão também está otimista com as vendas Ela acredita que as vendas dependem do tipo de produto comercializado. Em seu box é possível encontrar bolsas, bijuterias e artesanato, com preços que variam de R$ 3 (brincos e presilhas) até R$ 200 (bolsas, bijuterias). No entanto, o carro-chefe do seu box é a For de Xaraés, produzida por ela a partir de lâminas de madeira coloridas. Algumas são colocadas em essências para perfumar o ambiente e outras são utilizadas em vasos decorativos, muito procurados por turistas. A grande procura deve-se ao fato de que a flor foi desenvolvida a partir de uma lenda pantaneira de amor proibido. “Por trazer uma história regional, as pessoas se encantam e acabam levando de presente”, diz.

Já no setor de alimentação, o entusiasmo em fechar o ano com uma boa margem de lucro também pode ser observado entre os proprietários de restaurantes. Prestes a completar 30 anos na Feira Central, a comerciante Jade Tamashiro sente um amento de até 30% no movimento nessa época do ano. E o prato mais vendido, claro, é o sobá, degustado pela maioria dos turistas e antigos visitantes. “O pessoal pede até para repetir”, afirma

Mas não são apenas os preços que garantem o movimento nos restaurantes e lojas da Feira Central. A simpatia dos funcionários e donos dos espaços atrai a atenção até mesmo de quem já é figurinha carimbada no local. Uma prova de quem usa a alegria para conquistar os clientes é o dono de um dos boxes de doces, Silvestre Lopes Ferreira. Sempre acompanhado por um berrante ele toca o instrumento para chamar a atenção dos turistas e crianças, que não resistem a uma foto com o comerciante brincalhão.

Descontração da Feira Central atraiu amigos que fizeram a confraternização de fim de ano no local. (Foto:Flávia Lima)
Descontração da Feira Central atraiu amigos que fizeram a confraternização de fim de ano no local. (Foto:Flávia Lima)
O bancário Dioni Coelho (esq.) levou a família e os amigos para conferir as atrações de fim de ano. (Foto:Flávia Lima)
O bancário Dioni Coelho (esq.) levou a família e os amigos para conferir as atrações de fim de ano. (Foto:Flávia Lima)

Confraternização - Com tantos atrativos, temperados pela descontração de quem trabalha no local, o público acaba escolhendo a Feira Central para realizar as tradicionais confraternizações de fim de ano. Foi assim com um grupo de professores e funcionários da secretaria de Educação do município. Além de festejar o aniversário de um colega, o grupo decidiu fazer o Amigo da Onça, brincadeira semelhante ao Amigo Secreto, porém o objetivo é comprar um presente para tirar “sarro” do amigo. Após a comemoração, os amigos foram até as lojas para escolher os presentes, que foram trocados entre eles, logo em seguida, em um dos restaurantes. “Escolhemos aqui porque é um lugar descontraído, onde podemos rir e falar alto sem incomodar ninguém”, diz a professora Maria Alves.

Já o bancário Dioni Coelho faz questão de levar o amigo ao local, o também bancário Aguinaldo Palario, sempre que recebe a visita do colega em casa. Residente em Cuiabá, Aguinaldo não dispensa o sobá quando vem a Campo Grande e, de quebra, aproveita para comprar algumas lembrancinhas para a família.

Mas quem realmente aprovou o clima amistoso da Feira Central foi a advogada Ana Thais Costa. Moradora em Cosmópolis (SP), ela ficou duas semanas na Capital, a trabalho. Gostou tanto da Feira que foi ao local pelo menos quatro vezes. No último dia de visita, ela saiu abarrotada de sacolas com presentes para os amigos e familiares. “Adorei esse lugar, gostaria que meus pais conhecessem um dia”, disse

Na mala, além dos presentes, ela ressalta que vai levar também, o carinho e as amizades que fez na Feira Central. “Fui muito bem atendida por todos, espero voltar um dia”, conclui.

Silvestre atrai o público com o seu berrante e é uma atração a parte. (Foto:Flávia Lima)
Silvestre atrai o público com o seu berrante e é uma atração a parte. (Foto:Flávia Lima)
Ana Thais comprou todos os presentes para a família na Feira Central. (Foto:Flávia Lima)
Ana Thais comprou todos os presentes para a família na Feira Central. (Foto:Flávia Lima)
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