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Economia

Vendas online crescem 28% no País, mas setor ainda patina na Capital

Luciana Brazil | 28/01/2014 09:12
Empresa começou com um funcionário e hoje, já são 10 para atender a todos os pedidos. (Fotos: Cleber Gellio)
Empresa começou com um funcionário e hoje, já são 10 para atender a todos os pedidos. (Fotos: Cleber Gellio)

O mercado online, o ecommerce, cresceu 28% no país em 2013, de acordo com a empresa E-bit, que realiza a pesquisa oficial do comércio no país.

A ascensão foi 3% maior do que esperava o setor. O mercado também movimentou R$ 31,1 bilhões, segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

No fim do ano, com as compras de Natal, muita gente aproveita para presentear adquirindo produtos pela internet. Em 2013, nesse período as vendas sofreram alta de 40% .

Para 2014, por enquanto, a expectativa é que o crescimento do ecommerce fique entre 25 e 30%.

Apesar de o país liderar o mercado na América Latina, em Mato Grosso do Sul, especificamente na Capital, o ecommerce ainda caminha devagar em comparação com grandes centros como São Paulo.

“Aqui poucos lojistas decidiram optar pelo mercado. Agora têm empresários aí que começaram direto no ecommerce e estão nadando a braçadas, estão super bem, vendendo para o mercado nacional”, disse o especialista em ecommerce Kenneth Côrrea, diretor Comercial e de Tecnologia da Mais Empresas.

Integrante de um grupo especializado em tecnologia de informação, a Mais Empresas, que nasceu na Capital e já tem uma franquia em São Paulo, já atende cerca de 40 clientes em Campo Grande.

“Para a cidade é um número bom, já que, apesar de crescer muito, é um mercado muito novo”, explicou Kenneth.

Ainda não há números locais, mas a expectativa é que em Campo Grande o ecommerce cresça  como em outras capitais.

Entre as categorias que mais lucraram no ano passado no país, o setor de moda e acessórios ficou em primeiro lugar e as empresas de eletrodomésticos ficaram na segunda posição.

Para os especialistas, será impossível daqui mais um tempo “tampar o sol com a peneira”; o mercado de compra e venda pela internet já é uma realidade.

No depósito, Oscar mostra os produtos que são vendidos para todo país. (Foto: Cleber Gellio)
No depósito, Oscar mostra os produtos que são vendidos para todo país. (Foto: Cleber Gellio)

Dos 100 milhões de internautas no Brasil, 54 milhões já comprou pela menos uma vez pela internet, segundo pesquisa feita em 2012. No ano passado, foram feitos 70 milhões de pedidos pela internet.

Conforme estudo apresentado pela Forrester Research, as vendas no país devem chegar a R$ 48 bilhões em 2017.

Entre as facilidades que atraem o internauta estão a comodidade, facilidade de acesso e agilidade, conforme especialistas.

Empresa- Há quatro anos no mercado, a empresa Brasil Cowboy, especializada em moda country, já lidera o mercado online, segundo o dono do site, o campo-grandense Oscar Tenuta. A empresa já contabiliza 35 mil clientes atendidos em todo Brasil.

“A informação da liderança vem dos próprios fornecedores. Em 2013 superei o meu maior concorrente”, comemora Oscar.

O lucro ele prefere deixar em sigilo, mas garante que acertou na escolha do setor. “Sempre gostei desse mercado e sempre fui um consumidor ativo na internet”, relembra. Depois de importar auto-modelos e vender pela internet, ele acabou pegando gosto pelas vendas online.

“Só depois de muito sangue é que deu tudo certo. É que quando a gente abre um negócio ele passa a ser uma escola, a gente aprende com ele. Quando eu montei, tive muita dificuldade de encontrar informações sobre varejo na internet”.

Ele acredita que o produto escolhido também facilitou o crescimento, já que o número de empresas que vendem moda country pela internet ainda é moderado.

Quando começou, chegou a “tocar” sozinho o negócio. Hoje, já são 10 funcionários. Desde a abertura do negócio, Oscar precisou de um depósito para guardar os produtos. "Tem gente que acha que para abrir um comércio online pode ser qualquer jeito, mas eu, desde o começo, sempre tive um escritório e o depósito".

Mas apesar de tanto sucesso, Oscar lamenta que neste ano terá que mudar a sede da empresa, que funciona em Campo Grande, para São Paulo. “O ICMS está muito alto no Estado, a carga tributária está muita alta”.

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